Cansada de esperar pela indenização garantida pela União da anistia do marido, João Goulart, a viúva do ex-presidente Maria Tereza Goulart, acaba de contratar o advogado carioca Trajano Ribeiro para, mais uma vez, tentar resolver o caso. “A iniciativa de entrar com o pedido nunca foi minha; foi do Governo, por meu marido ter morrido no exílio”. Como dito aqui, à época da edição da portaria, em 2009, reconhecendo Jango como anistiado político, o valor era de quase R$700 mil. Em 2013, Maria Thereza foi recebida pelo Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), que prometeu o pagamento para depois da Páscoa de 2013. “Acho que vou morrer sem receber o dinheiro. Aí fica pro Estado. Isso me revolta muito! Acho que é uma perseguição política com o Jango, só pode ser; muita gente concorda com isso”. E finaliza: “Com tanta roubalheira na Petrobras, penalizam logo uma viúva de um ex-presidente que não tem nada a ver com corrupção? Por eu ter sido casada com político, muitos acham que sou milionária – de jeito nenhum. Era político, mas era honesto”.