
Maria Thereza Goulart: A maioria dos que estão aí são os 'políticos palacianos', aqueles que vivem dentro dos palácios e de lá não saem, não sentem nada, sem ver, sem conversar, sem olhar pro povo; no máximo, aparecem na televisão"
Maria Thereza Goulart, que já viveu uma época sombria no Brasil, quando casada com o então Presidente João Goulart, diz que ao contrário de Jango, os políticos atuais vivem encastelados, sem ver, sem conversar, sem olhar para o povo. Maria Thereza, que viveu no exílio, ao lado do marido, considerada uma das primeiras-damas mais bonitas, pela revista “Time”, junto a Jackie Kennedy, sempre teve opinião, muito além de enfeitar as reportagens sobre o País. A sede da Legião Brasileira de Assistência (LBA) em Brasília, por exemplo, foi fundada por ela.
A ex-primeira dama assistiu, nos últimos dias, às manifestações que tomaram o Brasil de ponta a ponta. A certa altura dessa entrevista, de perguntas fixas, ela traça um paralelo entre os eventos que culminaram com a deposição de João Goulart, e o perfil dos políticos atuais. Há 37 anos da morte do marido, ela e os filhos, João Vicente e Denize, enfrentam o drama e a expectativa da exumação do corpo. O processo deverá esclarecer se Jango teve morte natural ou se o ataque cardíaco foi provocado. Leia:
UMA LOUCURA: “Loucura foi casar aos 17 anos, a maior da minha vida, mas foi uma loucura que deu certo.”
UMA ROUBADA: “A corrupção no Brasil, ora, ora, é literalmente uma roubada.”
UMA IDEIA FIXA: “Minha maior ideia fixa é ver um país mais humano, onde os políticos se preocupem com aquilo que está além deles mesmos.”
UM PORRE: “Porre é ficar presa no trânsito e assistir a discursos de políticos. Você é capaz de adivinhar a razão, não é?”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Frustração foi perder meus pais muito cedo. Eu estava no exílio quando eles morreram – minha mãe, em 1967, e meu pai, em 1969. A maior dor que carrego foi ter sido proibida pelos militares de entrar no Brasil para vê-los, sob ameaça de prisão. Isso é inesquecível. A maior mágoa que tenho na vida é da Ditadura.”
UM APAGÃO: “Tive um apagão ao ficar presa num elevador durante 30 minutos, de onde me tiraram desmaiada. Foi há anos, em Copacabana.”
UMA SÍNDROME: “Síndrome? Se tenho alguma, eu realmente não percebi.”
UM MEDO: “Meu maior medo é perder as pessoas que amo. Tenho ainda pânico de velocidade e de multidão.”
UM DEFEITO: “Nossa, são tantos os meus defeitos que não dá nem para tentar dizer.”
UM DESPRAZER: “Ver pessoas doentes nos hospitais, sem atendimento. O último grande desprazer é ter de conviver com essas suposições e dúvidas sobre a morte de Jango. (Maria Thereza está se referindo à notícia de exumação do corpo de João Goulart por decisão da Comissão Nacional da Verdade (CNV) e do Ministério Público Federal no Rio Grande do Sul, divulgada em maio deste ano).
UM INSUCESSO: “Ter deixado de estudar para casar, no Colégio Americano, em Porto Alegre. Saí de férias e nunca mais voltei. Depois de casada, poderia ter estudado, mas nunca deu tempo.”
UM IMPULSO: “Impulso seria cair dentro de uma lata de leite condensado, mas tenho pavor de engordar.”
UMA PARANOIA: “Vejo o que está acontecendo no nosso país e me lembro do meu marido (Jango), que, numa situação dessas, já estaria na rua, no meio do povo para dialogar. Esse, sim, é o papel de um governante. A maioria dos que estão aí são os ‘políticos palacianos’, aqueles que vivem dentro dos palácios e de lá não saem, não sentem nada, sem ver, sem conversar, sem olhar pro povo; no máximo, aparecem na televisão. Não sei nesses anos o que mudou mais: se o Brasil, ou o perfil dos políticos. Fiquei bem feliz ao ver minhas netas partirem para as passeatas, e comentei com elas o que o avô estaria fazendo numa situação dessas.”
Palacianos? Bem capaz! São homens dignos que se dedicam a sua plebe 3 vezes por semana. Creio que não exista no mundo um país onde os políticos trabalham tanto em prol do seu povo como o nosso. E tenho dito: E Viva lá democracia!
Por isso que esta senhora esta afirmando, o povo brasileiro esta saindo as ruas. NÃO QUER MAIS ‘POLÍTICO PALACIANO’, por que eles RECEBEM para dizer o que devemos fazer. Chega de corrupção em nosso País.
Ela ainda está linda e com a mesma visão de uma verdadeira primeira dama.
Pessoal parabens, por todos que estiveram nas ruas reenvidicando tudo aquilo que realmente precisamos e que não aconteceu ainda,mas não deixem de apoiar a Presidente Dilma pois ela tem vontade de fazer, mas não esqueçam que neste Pais existem pessoas,politicos mau intencionados, Empresarios, Emprensa,grandes Latifundarios e Imprensa que até hoje não aceitam que um Trabalhador Nordestino mudou este Pais, pois antes sim era Dominado por grupos burgueses que eles sim atrasaram este Pais por muitos e muitos anos e agora estamos num bom caminho, então eu peço pedem plebiscito da menor idade aos 16 anos,façam leis e fazem o Povo assinar que eles se obrigarão a colocar em votação,assim chegaremos onde queremos .Obrigado!
Parabéns, você é uma grande mulher, por tudo que passou ao lado de n/ex-presidente Jango.
São políticos palacianos sim!E estão longe de ser dígnos seu animal!Os políticos desse País só trabalham em prol deles mesmos.São uma cambada de vagabundos torrando o dinheiro público!
Gostaria de retificar uma informação: A Legião Brasileira de Assistência (LBA) foi criada pela 1ª Dama DARCY VARGAS, em 28 de agosto de 1942, com o objetivo de ajudar as famílias dos soldados enviados à II Guerra Mundial.
Bem que a senhora poderia ter dado continuidade a missão de seu marido, nosso Presidente. Só não sei o que seria pior para a senhora, ter sido banida de sua pátria pela tal ditadura ou ter que conviver com os “políticos atuais” Espero que suas netas herdem o sangue do vô João Goulart e venham para o meio do povo para defende-lo desses abutres de paletó e gravata. Tenho que ter paciência até o dia do Juízo Final onde todas as contas publicas e privadas terão o seu acerto final.
Nunca na história do Brasi de hoje, um partido e um governo, enganaram o povo com tanta competência! Imagino se na época do Sr. Goulart, a atitude seria outra! Brilhante a matéria com a Sra. Maria Thereza Goulart! Parabéns Lu, pelo belo jornalismo!
precisamos fazer uma reforma política sim, e a primeira parte desta reforma política que precisa ser feita será: a regulamentação e a redução salarial de todos os políticos deste pais a começar pela Presidente até nossos Vereadores, tendo um teto justo mas não como está atualmente, será uma forma de moralizarmos este pais rico e de muitas pessoas pobres e carentes, é impossível vermos tanta pessoas morrendo por falta de tudo……, portanto, essas e outras manifestações que aconteceram por todo o BRASIL, foram e serão muito importantes, pois somos a 6ª economia do mundo, não é justo que nosso povo sofra tanto assim, sem nenhuma responsabilidade por parte de nossos Políticos.
PARABÉNS LU PELA ENTREVISTA……CONCORDO PLENAMENTE SÃO POLÍTICOS
PALACIANOS QUE NÃO GOSTAM DE SE MISTURAR COM O POVO….PARTICIPAR DO “PODER” SIGNIFICA TRATAR DOS SEUS INTERESSES PARTICULARES, UMA FORMA DE ENRIQUECER RAPIDAMENTE E VIVER ACIMA DO BEM E DO MAL….PRECISAMOS DIMINUIR O NUMERO DE POLÍTICOS EM TODAS AS ESFERAS .REFORMA POLITICA URGENTE.
Nem primeira dama o Brasil tem mais kkkkk
Ela não disse que tinha fundado a Legião Brasileira de assistência, Danilo; disse que tinha fundado a sede da Legião em Brasília, onde funciona hoje a Secretaria Especial da mulher.
Caro Sergio Luis, depois da observação do Danilo (a quem deixo um obrigada) eu corrigi. Obrigada mesmo, abs. Lu
Estamos agora arrumando a casa, sabemos q temos representantes e não “governantes”, e quem nos representa tem q escutar a voz do povo. Este é o momento do basta, necessitamos de transparência.