Sadismo. Gente depravada. Vale tudo das maiores maldades. O universo do séc XVIII era povoado de vícios. Mas também havia a imposição das virtudes. A partir das duas personagens mais emblemáticas desse período, as irmãs desenhadas pelo Marquês de Sade, Roberto Athayde, desenvolve a comédia “Juliette castigada (e Justine recompensada)”.
As duas irmãs, Betina Pons (Juliette, o mal) e Rosanne Mulholland (Justine, o bem) acordam em pleno séc XXI sem entender nada o que acontece no primeiro momento. Sua adaptação é conduzida por um ex-frade, Alexandre Slaviero, que discute com elas a diferença de valores, o significado dos símbolos de consumo.
“É a primeira vez que inscrevo um projeto próprio na lei. É minha primeira produção. Acreditei no texto. É uma discussão filosófica dos valores do séc XVIII com os valores atuais. Me aproximei do Roberto por causa da Juliette. Adoro comédia inteligente. Me sinto à vontade”, empolga-se Betina Pons, idealizadora do projeto.
A direção de Paula Sandroni traz uma leveza ao tema e ao mesmo tempo tira o clichê de pessoas que vivem em um tempo que desconhecem. Rapidamente, as duas se adaptam, viram cidadãs do mundo misturando a lógica das redes sociais com a depravação do séc XVIII. É efetivamente de se dar boas gargalhadas.
Serviço:
Teatro Maison de France
Quartas às 16:30 e 19:00
Quintas e sextas às 16:30