É carioca o único candidato protocolado no Congresso Nacional, até o momento, à Presidência da República por eleição indireta – caso o presidente Temer renuncie, sofra impeachment ou seu mandato seja cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral. O partido Liga Democrática Liberal, ainda em formação, elegeu o presidente da Academia Nacional de Filosofia, João Ricardo Moderno, para essa missão.
Moderno é contra as eleições diretas neste momento, que, para ele, configurariam um “golpe de Estado”. “Não estamos vivendo nenhuma ruptura da democracia, as instituições estão funcionando, não podemos mudar a Constituição às pressas”, diz o professor da UERJ, observando que os mandatos de governadores, senadores, deputados federais e estaduais, previstos para durarem até 2019, seriam interrompidos e poderiam gerar mais uma crise.
“Mesmo que eu perca, me sinto no dever ético de provocar um debate, uma alternativa de candidatura que não seja a de um representante de uma quadrilha, pois é isso que o Brasil está vivendo, uma guerra de quadrilhas – no nosso país, ninguém tem vergonha de ser ladrão, ninguém confessa arrependimento dos erros”. Moderno também apresenta uma vantagem de sua candidatura: “Minha campanha custaria zero centavos”. O Brasil nunca teve um presidente filósofo.