Vera Araújo é uma repórter corajosa. Ao longo dos anos, especializou-se em jornalismo investigativo, o lado mais perigoso dessa profissão. Ao fazer uma reportagem sobre a segurança pública nas regiões mais pobres do Rio, Vera descobriu grupos formados por policiais, bombeiros e agentes penitenciários que exploravam moradores das favelas, cobrando taxas ilegais pelo direito de ir e vir.
Ao redigir a matéria para o jornal O Globo, onde trabalha, nomeou os grupos de “milícias”. O impacto causado pela reportagem provocou uma mudança grande no modo como as questões de segurança pública passaram a ser tratadas pelas autoridades, pela imprensa e pela sociedade. E o verbete milícia foi definitivamente incorporado ao linguajar do noticiário policial, para nunca mais sair – pelo menos não até a classe ser extinta.
No próximo Dia Internacional da Mulher, 8 de março, Vera Araújo estará concorrendo ao Troféu Mulher Imprensa de Contribuição ao Jornalismo. É um prêmio criado pela Revista e o Portal Imprensa em parceria com a Maxpress para homenagear e reconhecer o trabalho das mulheres nas redações brasileiras.
Um júri especializado escolheu as finalistas, mas são os internautas que vão definir as vencedoras. Até 10 de fevereiro, qualquer um pode acessar o link http://www.trofeumulherimprensa.com.br/8edicao/votacao.asp e votar na sua favorita. O resultado sai no dia 22 de fevereiro.