Uma tragédia como a que aconteceu na Região Serrana do Rio (Teresópolis, Friburgo e Petrópolis), esta semana, matando centenas de pessoas, leva-nos a um grande momento de reflexão. Não falo aqui em reflexão pelas perdas em si, irreparáveis, sem dúvida, pois trata-se dos mais variados cidadãos (adultos e crianças), mas pela perda da sensação de que quem tem dinheiro esteja livre de certas tragédias. Contra assalto, existe o carro blindado; contra o trânsito, o helicóptero; contra o avião coletivo, o particular; contra a casinha frágil da encosta, o casarão seguro e forte. Não é bem assim.
É como se viesse à cabeça das pessoas mais poderosas que ninguém é inatingível, inabalável, inacessível, e que nada garante a imunidade. Uma consciência de que poderia ser com elas, uma consciência de que com o metafísico ninguém pode, uma consciência de que muita coisa a gente não tem como comprar, como comandar, como controlar. Junto a isso, pelo menos por uma fase, a maioria melhora em suas atitudes, tornando-se mais humanas. Pode acontecer com qualquer um, apesar do dinheiro, das propriedades, do poder – nada disso tira a vulnerabilidade de ninguém: o próximo momento é cego, para todo mundo.
Tendo ou não dinheiro, nada é garantido, todos passam a enxergar isso, esse sentimento vem à tona, fica reavivado. É o óbvio, mas, muitas vezes, não nos damos conta disso. Está implícito que aí tem uma mensagem: a de que o “material” é muito vulnerável. Numa hora como esta, todos ficam mais sensíveis a outro tipo de preenchimento e se abrem mais para a amizade, o perdão, o amor, a tolerância etc. Mesmo sem perceber, mudam de comportamento, as abstrações com o outro são relativizadas. Apesar de essas sensações serem passageiras, dá um certo prazer perceber que muitos estão vendo o que sempre esteve na cara de todos. É um momento muito propício para mudanças, mas que não sejam tão efêmeras como as tempestades.
Parabéns Lu! Pela sua consciência… Você que lida com a alegria diária do “mundinho social”, sabe também que a vida vai muuuitoooo além desse materialismo todo!!!!
Um beijo, Simone.
Mandou muito bem Lu…. É isso aí, hora de repensar e rever nossos valores…. Só não vê quem não quer. Os sinais estão todos aí, e temos que ajudar, sermos mais humildes .
Lu,muito precisa a sua reflexão.Bj
Maria Luiza Nobre
Querida Lu,
que o seu excelente e sensato artigo, sirva de reflexão para muitos.
Bjs
Thiago Monteiro
Lu, parabéns pelo sábio artigo , escrito de uma maneira clara e inteligente !!! valeu. bjsssss
Lu querida, parabéns pelo artigo!!! Que cada vez mais essa conscientização das pessoas seja uma constante e espontânea, e que isso ocorra mesmo fora das tragédias, nos pequenos e nos grandes atos!! Bjs
Que maravilha Lu!
Nem me atrevo a postar nada desta vez. Ao invés disto, vou ler novamente este seu belo artigo, para somá-lo as minhas reflexões.
Belo artigo, Lu, muito sensível e corajoso de sua parte.
Lu, fiquei emocionada com sua mensagem linda e tão verdadeira,muitas vezes as familias abastadas financeiramente, acreditam porque acreditam que são inatingíveis e na minha opinião as piores tragédias (onde a angustia, o ódio e a desunião imperam em todas que conheci) acontecem nesse mundo “INATINGÍVEL” e eles parecem hipnotizados pelo poder e nem percebem, é muito triste uma tragédia dessa para acordar alguns “hipnotizados” e obrigá-los a encarar uma realidade lúgubre e o mais estranho é que muitos não acordam ainda, e acreditam ainda serem INATINGÍVEIS, sinto no ar o LUTO, QUE TRISTE!!!Beijos nesse coração CHEIO DE AMOR!!!Eli
E respeito todos os comentários lindo, mais na minha opinião não precisa coragem para fazer essa reflexão linda que você fez,o que precisa para fazê-la é “SER-HUMANO”, e isso sei que você é e MUIIITO!!!Eli
Está de parabéns, Lu.
Muito linda a sua reflexão…
Que Deus abençoe você e toda a sua família, derramando muitas bençãos…..