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Essa força estranha que se chama viver tem dia, tem noite. Claridade, escuridão. Sol e lua. Liberdade e prisão. Bem e Mal. E quem melhor do que uma companhia teatral chamada Os Dezequilibrados para encenar um espetáculo cuja temática é como a nossa cabeça tentar encontrar um ponto de equilíbrio. A partir da adaptação do conto de Adriana Falcão, Tarja Preta, Ivan Sugahara, responsável pela adaptação, e Letícia Isnard idealizam o projeto teatral, de mesmo nome do conto.
Ivan Sugahara e Letícia Isnard já têm mais de 10 espetáculos com Os Dezequilibrados e agora, com Tarja Preta, resolveram contar a história do embate entre uma mulher completamente dependente química com o seu cérebro. Inicialmente, dá-se a entender que o casal que chega da noite é apenas mais um dos peguetes que se veem por aí. Ela, infeliz porque foi largada e ele (Érico Brás), tranquilo. Tranquilo até a página 2 quando ele se revela como cérebro dela.
“Os comprimidos são uma medida paliativa, mas dão forças para ela acordar a cada dia, buscando uma disposição renovada para enfrentar o que a espera. Podemos dizer que se trata de uma rotina idêntica ou, no mínimo, semelhante à que todos nós vivemos. E, se pudermos encarar esse dia a dia com humor, tanto melhor” – explica o diretor Ivan Sugahara.
Ele representa o lado claro, solar, paz, amor e vida; ela é dúvida, desespero, indecisão, incapacidade. Tudo é tratado com muito humor, o que aproveita muito bem o talento cômico de Leticia e de Érico, que é o Jurandir de “Tapas e Beijos”. O tom meio farsesco ajuda a plateia a considerar que esse fato pode acontecer com qualquer um de nós, mas que o lado negro e escuro só não consegue ser resolvido com qualquer tipo de droga.
SERVIÇO:
Teatro do Leblon – Sala Fernanda Montenegro
Sextas e sábados23h
Domingos 20h