Então é Natal…e o que você fez? Riu de algum meme com a Simone, por causa do álbum “25 de Dezembro”: “O cara que faz um meme ofensivo é infeliz. O bullying não é aceitável”, diz ela, que está em ritmo de comemoração nesta sexta-feira (25/12). Além de fazer 71 anos, seu álbum, aqueeeele que sofre muita implicância, o “25 de Dezembro”, lançado em 1995, completa 25 anos hoje. Para celebrar, a artista lustra o ânimo dos brasileiros com uma live especial, começando às 8 da noite, no seu canal oficial no YouTube e também no canal Arte 1. Nem Simone quer escapar do Natal nem o Natal quer escapar de Simone, menos ainda os brasileiros de ambos – tradição é tradição.
Como vai ser a live?
Uma live de Natal (risos) e ainda não fechei o repertório. A situação no mundo continua seriíssima, e tudo isso desperta solidariedade, medo e ansiedade.
Quais as dores e as delícias que a idade lhe trouxe?
Só tenho a agradecer por completar 71 anos. A minha mãe, inclusive, contava que ouvia o sino da
igreja bater enquanto eu nascia. Meu coração está batendo forte. Este ano é diferente, difícil para todos, e sinto que precisamos de saúde, mais esperança, amor, humanidade, empatia, solidariedade, diálogo, música, arte e gratidão.
Por que tem evitado falar sobre os memes que fazem com você?
Eu pouco respondi sobre esse tema e para essas pessoas que têm algum prazer em desrespeitar os outros. Nós temos todo o direito e dever de criticar, denunciar, cancelar pessoas que estão fazendo algum mal. Eu peço a Deus que essas pessoas sejam felizes; o cara que faz um meme ofensivo é infeliz.
Mas os memes já chegaram a deixá-la aborrecida, ou levou na esportiva?
Nós não podemos nos levar pelo espírito de manada – temos que respirar, refletir. O meme ofensivo é um problema social, o bullying não é aceitável.
Como tem sido sua quarentena?
Estou, como todo mundo, em casa, trabalhando. Eu também cozinho e preparo meus shows/live semanais, que demandam muito trabalho. E sigo fazendo meus cheirinhos para casa e, com mais tempo, também faço velas.
Que balanço faz deste 2020?
Estamos em guerra contra o vírus e também temos a guerra da intolerância. No entanto podemos também nos animar, porque muita coisa se pode fazer, e a cigarra cantar!
Foto: Nana Moraes
Por Acyr Méra Júnior