Padre Jorjão, da Paróquia Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, fala de maneira direta com o morador do Rio, numa linguagem clara e coloquial, sobre qualquer problema da cidade. Não há nada que ele não saiba; até sobre o que se recusa a falar fica subentendido, como você pode ver nesta pequena entrevista. Consegue também inserir temas do interesse de todo mundo nas missas. E, até no comportamento, age como os cariocas: usa tênis e redes sociais, usa iPad e está sempre participando de eventos importantes, principalmente aqueles em defesa de assuntos de interessa geral. Sempre foi assim, nos mais de 25 anos nesse caminho.
[top5] numero:1 [f] titulo: As aflições dos cariocas aumentaram nos últimos tempos?[f]
desc: Percebo que as pessoas estão muito mais aflitas: é desemprego e falta de dinheiro, e isso tudo afeta até a vida conjugal. Cada vez mais, as famílias me falam que estão indo embora do Rio. [/top5]
[top5] numero:2 [f] titulo: O senhor percebe isso durante as confissões? [f]
desc: No atual momento, as confissões antigas se transformaram em desabafo. Mais do que confessar, as pessoas querem desabafar. [/top5]
[top5] numero:3 [f] titulo: O que achou do episódio do prefeito Marcelo Crivella se reunindo com pastores evangélicos para oferecer serviços que deveriam abranger toda a todos? [f]
desc: Eu, como padre, não me cabe falar sobre política. [/top5]
[top5] numero:4 [f] titulo: Percebe maior intolerância da população? [f]
desc: Percebo, sim. Nosso povo é tolerante; ultimamente é que isso vem mudando. Todos nós sabemos de onde vem essa intolerância. Eu é que não vou citar – não convém misturar religião com política. Existem aqueles que, em vez de querer unir, querem separar. Nunca me esqueço de quando Dom Eugênio chamou um governador e esclareceu que nunca perguntamos a religião de quem ajudamos, que pouco importa. O pior e mais triste é quando a religião é usada para separar. A igreja vê o ser humano: todo mundo é filho de Deus. [/top5]