Amigo da coluna foi flagrado falando ao celular em Londres, onde mora, numa bicicleta, levou uma grande advertência do guarda, repetindo frases do tipo: “Você põe em risco as outras pessoas”, agindo como se tivesse certeza de que o brasileiro não era um inglês – supondo, porque se fosse, não faria tal coisa. No Rio, é absolutamente normal os ciclistas não respeitarem nada do trânsito, a ponto de algumas pessoas da Zona Sul, ao saírem para beber, preferir a bicicleta exatamente por essa razão. “Não existe Lei Seca para bike”, disse-me um deles ao comentar o assunto.
O velho chavão terra-de-ninguém cabe muito bem na vida dos cariocas aos domingos e feriados, no calçadão: a ciclovia é ignorada por muitos que fingem que ela não existe. Vivem a ameaçar (ainda que de maneira silenciosa) todo mundo: atletas, crianças, velhos, cachorros enfim! Vi um ciclista furando o sinal e falei: “Cuidado, cara, você está na contramão”. E ele: “Mas tô de bicicleta, porra!”
A Proteste, associação de consumidores, fez uma pesquisa sobre como se comportam os ciclistas nas cidades brasileiras, enviando um questionário online para seus filiados em Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio, Salvador e São Paulo. Das 1.857 respostas válidas, os resultados demonstram que muitos usuários de bicicletas acham que podem fazer o que quiser no trânsito, pouco se importando com a segurança. No grupo consultado, 27% admitem que nunca utilizam capacete, 20% não usam faróis ou refletores (coletes ou adesivos) à noite; 41% não têm buzina. As revelações não param por aí: 21% avançam sinais de trânsito e 10% não respeitam regras, por exemplo, trafegar na mesma mão dos carros.
Ainda segundo esses entrevistados, 56% sofreram acidentes em Salvador; 55%, em Curitiba; 52%, em Brasília; outros 52%, em São Paulo; 51%, no Rio; 37%, em Porto Alegre. A maioria (75%) sofreu apenas machucados leves ou de média gravidade, e acidentes graves, 13%. E outra: 77% dos brasileiros reconhecem que quem pratica a direção perigosa em bicicletas tem que ser multado. O questionário é do ano passado, mas, ao que parece, nada mudou. Pelo menos na cidade carioca, é preciso uma lei para os ciclistas – e urgente!
Ja fui atropelada TRES vezes por bicicletas : Duas , ao atravessar a rua , por ciclistas na contramao , um deles um entregador de farmacia em alta velocidade . A outra , na ciclovia da Lagoa , por um ciclista em alta velocidade que perdeu a direcao e veio em minha direçaa . Coloquei a bolsa na frene para proteger o impacto e quebrei meu celular .
Ja vi tambem uma mocinha na Lagoa , em alta velocidade perder a direçao e ir em cima de outra bicicleta em sentido contrario , em frente a sede nautica do Botafogo , na Lagoa , A bicicleta atingida era uma mae , mulher de um porteiro de predio, com uma crianca na garupa , vindo da escola . Os dois foram jogados no fosso , caindo de uma altura de mais de um metro . O menino , na hora quebrou obraço . A moça teve que operar o joelho e nunca mais pedalou . Ficou traumatizada e o marido é que passou a buscar o menino na escola . É um ABSURDO !!!
Ciclista realmente é abusado !!!
Certíssima Lu!! Os ciclistas exigem e merecem respeito, mas na grande maioria não respeitam os pedestres e “acham que são carros” querendo andar pelas avenidas de igual para igual.
Existe a ciclovia que muitos usam de forma errada, pois além dos ciclistas , os pedestres e os carrinhos de Bebê tb circulam por lá… E hoje existem os ciclistas profissionais que andam em ” bando” pelas avenidas arriscando suas próprias vidas e não respeitam sinais e nem os carros, muito menos pedestres… Difícil
Eu queria entender porque nossos guardas não cuidam da ordem nas vias públicas em geral. Me parece que são designados para funções específicas e cuidam apenas delas como se outras desordens na sua área de atuação não fossem atribuição deles. O ideal é que tivessem um papel educativo em qualquer situação em que um cidadão desrespeita as regras de boa convivência nas ruas, seja ciclista, motorista ou pedestre. Provavelmente é assim que o guarda inglês atua.
Ciclista não respeita pedestre; pedestre não respeita sinal, atravessa em qualquer lugar, não usa faixa de pedestre, espera no asfalto o sinal fechar. Pedestre não respeita ciclovia, motoqueiro não respeita faixa. Motorista não usa pisca-pisca, acha que não precisa sinalizar sua direção aos demais e abusa do pisca-alerta pra parar em qualquer lugar. Taxistas…não preciso comentar. Ninguém respeita motorista de ônibus que também não respeita ninguém e usa a força a seu favor. Respeito é uma palavra muito pouco praticada, parece que não está definida no dicionário brasileiro. Precisamos redefinir o significado de viver em sociedade.