Não por acaso o arquiteto Lauro Cavalcanti foi o escolhido pelos irmãos Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto para dirigir a Casa Roberto Marinho, novo centro cultural e lugar de grande importância afetiva para os três. Certamente, a cultura, a conversa tranquila, o jeito sereno e os muitos planos na cabeça de Lauro influenciaram. A Casa Roberto Marinho, no Cosme Velho – onde viveu o nome por trás das Organizações Globo por 60 anos -, foi inaugurada neste fim de semana. Lauro, também antropólogo e escritor – com várias publicações sobre arquitetura, estética e sociedade –, aceitou o convite depois de 22 anos na direção do Paço Imperial. Ele acompanhou de perto todas as mudanças assinadas por Glauco Campello, que fez a adaptação da casa de estilo neocolonial de 1939 para o século 21.
Pelo espaço, o público vai encontrar mais de 1.400 obras do Modernismo dos anos 30 e 40, além dos principais artistas contemporâneos brasileiros. Também foi criado um prédio anexo para acervo e uma “escola” para cursos e atividades abertas ao público, tudo isso envolvido pelo jardim de Burle Marx. Os ingressos custam R$ 10 (R$ 5 meia-entrada), e às quartas-feiras é passe livre.
[top5] numero:1 [f] titulo:Como é ser diretor de uma casa com tantas histórias? [f]
desc:É maravilhoso, e foi muito bom pegar esse projeto a partir do zero. É uma nova instituição que vai dialogar com a história, a arquitetura, com o bairro. Nossa sensação é de oferecer alguma coisa pra nossa cidade tão sofrida.[/top5]
[top5] numero:2 [f] titulo:O que você descobriu do convite à inauguração? [f]
desc:A importância da coleção no período dos anos 30 e 40, o que embasa essa exposição que está em cartaz e, claro, a beleza da coleção. Gosto muito de tornar público os acervos particulares e vamos fazer parceria com outras coleções. É um movimento pela nossa cidade e pela arte. Unindo forças, as possibilidades são ampliadas. [/top5]
[top5] numero:3 [f] titulo:Qual a responsabilidade de assumir esse posto e suas primeiras decisões? [f]
desc:A responsabilidade é grande. Agora, estamos neste fascinante momento, que é receber o público, criar atrações. É outra fase começando depois de três anos em planejamento e obras [/top5]
[top5] numero:4 [f] titulo:Para quem vem de fora, o que você sugere como atração para uma visita à casa, além da coleção de arte? [f]
desc:É um tripé: a casa, a arquitetura, o jardim – sempre lembrando a coleção.
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[top5] numero:5 [f] titulo:Como vai funcionar o cinema? [f]
desc:Por enquanto, filmes ligados à arte. Ano que vem, vamos experimentar com a cinemateca. Quero começar com cautela. [/top5]
[top5] numero:6 [f] titulo:E para quem gosta de comer? [f]
desc:Tem um café gostoso, até com pão de queijo. Mais importante é que vire um espaço afetivo do Rio. [/top5]
[top5] numero:7 [f] titulo:Alguma chance de programa para a garotada carente? [f]
desc:Temos um projeto educativo para as escolas do bairro, mas ainda está sendo montado e tem à frente Roberta Condeixa (coordenadora do programa “Arte é Educação”, da Casa Daros). [/top5]
[top5] numero:8 [f] titulo:Qual a parte da casa que você destaca do projeto de Glauco Campello?[f]
desc:O Glauco foi muito feliz considerando muito a arquitetura existente: aproveitamento incrível. Onde eram os quartos, por exemplo, ficou amplo e claro, dialogando com a arte.[/top5]