Ao sair do Memorial do Carmo, na tarde deste sábado (31/08), o taxista perguntou: “É enterro de algum político? Faz tempo que não vejo este lugar assim”. Não, não era, tratava-se de alguém muito mais querida e importante para a maioria: Mariana Correia, que morreu no dia anterior, de câncer no útero, aos 38 anos. Apesar de sofrer muito a vida inteira, com a doença que ia e voltava, aqui e acolá, numa longa batalha, ela jamais perdeu a alegria; nada intimidava aquelas covinhas, quando ria também com o olhar. Casou-se com a advogado Marco Túlio Fernandes e teve um casal de filhos.
Mariana começou a trabalhar na loja Louis Vuitton, de Ipanema, de 1999 a 2011, voltou em 2016, e de lá saiu para criar a marca de moda praia Marju (o nome homenageia a filha, Maria Júlia), instalada na Dias Ferreira, em dupla com a irmã, a estilista Cecilia Correia. Sua passagem pela Vuitton foi à época em que Angela Hall era diretora da marca no Rio, a quem tinha como sua mentora – sempre se adoraram. Deixou a loja, onde fazia atendimento às chamadas “clientes especiais”, mas jamais foi esquecida. Muitas delas estavam completamente arrasadas no cemitério, nesta tarde, tanto quanto o casal Roberto Marinho e Fiorella Matheis ou Brenda Valansi, ou Daniella Sarahyba.
E podemos pensar: de onde vem tanta comoção, tanto nas redes sociais quanto fora delas? A linda Mari era alguém simplesmente feliz, astral incrível, energia maravilhosa. Ela transitava da mesma maneira em todas as classes e perfis, com a mesma espontaneidade. Defendia aquilo que deveria ser lei: o que importa mesmo é o agora!