Brasílio de Oliveira, brasileiro que revolucionou a noite de Ibiza, onde vivia há mais ou menos cinco décadas, morreu nessa quarta (16/12), aos 74 anos, em Salto, interior de São Paulo, onde tinha parentes, infectado pela Covid-19. O empresário passava sua habitual temporada no Brasil, onde costumava ficar ano a ano, de antes do Natal até o carnaval, sempre hóspede dos amigos Lou e Boni de Oliveira, tanto no Rio quanto em Angra — era adorado pelo casal. Mas tinha inúmeros outros amigos brasileiros, seduzidos pela sua energia e alegria.
Foi uma espécie de rei da noite; suas festas eram consideradas as melhores do mundo, de início para um público gay, transformando-se depois para todos os públicos. A “La Troya”, por exemplo, um grande ícone, foi criação dele, tanto quanto a boate Ku (hoje Privilège), primeira grande discoteca, chamada também de local de efervescência artística. Brasílio era o nome por trás da exuberância da noite. O Diário de Ibiza define-o como muito querido que se mantinha sempre em segundo plano, buscando divertir os demais com seu altruísmo, simpatia, bondade, o que lhe valeu o título de “O bruxo de Ibiza”. Era feliz quando as pessoas se divertiam em suas festas.