Quando uma visita ia embora da fazenda, minha mãe não era o tipo de mulher que logo que a pessoa virava as costas entrava em casa: de jeito nenhum. Ficava ali no balaustre ou até no gramado, do lado de fora, a dar adeus, até perder de vista o carro ou o cavalo do visitante. Mesmo de longe quando a gente olhava pra trás, lá estava ela, acenando: não havia briga, tristeza ou problema doméstico que mudasse isso. E independia se era alguém mais simples ou menos simples, mais poderoso ou menos poderoso, mais rico ou menos rico – não fazia distinção. Ao contrário de outras fazendas que mal a visita partia, o anfitrião sumia.
Existem coisas que a gente só se dá conta depois que vira adulto, essa foi uma delas. Só surgiu tal observação bem depois da adolescência. Achava esse gesto dela tão elegante e sempre reparei nele. Ninguém tem as mesmas atitudes a vida toda, mas essa ela teve. Faltava-lhe requinte, em algumas situações, na mesma proporção em que sobrava gentileza. Isso me lembrava um filme. Como, se eu nunca tinha entrado num cinema? Não tem explicação, mas parecia uma situação conhecida pra mim.
Associo essa cena à das grandes cidades quando alguém está rindo pra outra pessoa, muda a situação e o sorriso social e sem espontaneidade, some abruptamente. Ora, sorriso verdadeiro vai morrendo e não acaba tão repentino assim. Assim, minha mãe ia se despedindo aos poucos.
Quando ela brigava comigo, eu pensava em coisas boas que tivessem acontecido, para poder perdoá-la. Isso era o que primeiro vinha à minha cabeça: suas demoradas despedidas.
Lu querida,que coisa linda de se ler e de se viver!Beijocas carinhosas p vc!!!!!
Lu querida, muito lindo e emocionante, vc tirar estas memórias do fundo do seu coração..
Amei!!!
Bjs
Lindo Lu! Existem gestos marcantes, que realmente ficam para sempre. Simplicidade é uma grande virtude no ser humano, me emocionei com seu texto.
Um grande beijo,
Bianca Marques.
Lu, neste momento que já estou com olhos tão inchados, pela distância de minha filha, e de minha mãe…seu conto altera minhas feições, e um sorriso se faz, invadindo também meu coração…Parabéns pela mãe tão gentil, e elegante que tiveste…e que seu aceno seja eterno em sua alma…beijocas,
Querida,
Sou e sempre serei sua fã.
Você desperta o que há de melhor em mim.
Quanta saudade da nossa mãe! E de você também.
Bj carinhoso.
Aquele aceno ficou para sempre em sua memória e isso é um verdadeiro tesouro…
Beijo carinhoso.
Que charme de gesto Lú! Adorei e fico com a lição de lembrar as coisas bacanas nos momentos de divergências.
Lu, a sua mãe é, a mãe de tanta gente, a minha também era assim , ela era simples, pequenina mas quando chegavamos em casa era a 1ª figura que queriamos ver, quando por algum motivo raro, ela não estava, tudo perdia o sentido, a cor e até, literalmente o sabor, não dava vontade de almoçar ou jantar sem a sua presença, a casa ficava vazia, ainda que tivesse cheia de gente. O pior é que eu por algum motivo nunca disse isto a ela. Hoje muitas vezes me pego agradeçendo e lhe dizendo obrigada mãe, por vc. ter existido na minha vida. “uma pequena homenagem a DnªCATHARINA” q. não só foi importante p/ seus filhos mas, para todos os visinhos da redondeza, pois quando crianças, viviamos em sitios, e ela era a parteira e benzedeira q.não media esforços para ajudar quem dela precisasse. “QUE DEUS A TENHA”
Isso que li, me fez retornar a cenas da minha infância. Quando visitávamos a minha avó, ela sempre fazia o mesmo que sua mãe quando íamos embora.
Ficava à frente de casa, acenando até quando não mais a vista alcançava…
Que SAUDADE!!!
Ufa!! Desta vez nao entrou ninguém xarope para falar que a nota é fútil, inútil, que nao acrescenta nada na vida deles, etc. Muito legal, mexeu com meu imaginario …
Olá, LU.
Seu texto me fez sorrir. Sabe porque ? Sou como sua mãe. meus filhos saem cedo para o trabalho e fico no portão os abençoando até que virem a última esquina, volto pra dentro de casa pedindo a Deus que os acompanhe nas ruas, no trabalho e em todos os lugares por onde passem. Muito lindo o que você nos conta. Parabéns. Filhos e mães são bençãos de Deus.
Beijos.
LU QUERIDA,
Fiquei emocionada com seu LINDO TEXTO!!!!!.
Tenha a certeza,que ela esta emanando MUITA LUZ para voce!!!.
Fique com Deus.
Um beijo grande com carinho,no seu doce coração.
Lu, que linda lembrança de sua mãe beijos
Lu querida, me comoveu seu texto tõ sensível! beijos pra vc com carinho!
Pri
Mãe
Mãe… São três letras apenas
As desse nome bendito.
Também o céu tem três letras
E nelas cabe o infinito.
Para louvar a nossa mãe,
Todo bem que se disser
Nunca há de ser tão grande
Como o bem que ela nos quer.
Palavra tão pequenina,
Bem sabem os lábios meus
Que és do tamanho do CÉU
E apenas menor que Deus!
(Mário Quintana)
Gilson Vieira da Cunha
Divinópolis, MG 08/05/11
Mto lindo e tocante seu texto. Lembranças que desperta emoção assim, só vale a pena.
Bjo
Lindo, lindo lindo!
Me emocionei do lado de cá e tive que “me explicar” porque estava com lágrimas nos olhos…rsrs… É exatamente assim quando vamos visitar alguem no interior de alguma cidade ou quando esta mantém as raízes nas cidades maiores… Fazemos assim também em casa…
Que coisa, Lu! Conforme eu lia a nota, revia uma cena muito familiar para mim também: na fazenda do meu avô, no sul da bahia. Me lembro de minha avó no portão, emoldurada pelo jardim da casa-sede, dando adeus para nós, que saíamos para passear, ou na despedida mais doída, quando vretornávamos ao Rio com o fim das férias. Ela também só voltava para dentro de casa quando o carro saía, após bater a cancela. Sempre com um jeitinho solitário de quem se despede de gente que ama muito. Meu Deus, que saudades da minha avó!
Muito bonito e sensível o seu texto. São palavras repletas de saudade.
bjs
Lu querida,por incrivel que possa parecer,vivencio neste momento a enorme saudade de minha Mamãe adorada,tambem criada em fazenda,mas com a finura de atitudes e gestos de uma Grande Dama,da sociedade de algum grande centro.Unicas,sãõ elas o nosso alicerce,exemplo maior de bondade e dignidade,na sua singeleza e simplicidade.Por anos,muitos,tive a presença dela por perto,suas palavras e conselhos.Lu,seu texto me reporta a imensa saudade que sinto dela.Um beijo Heloisa
Lu querida,por incrivel que possa parecer,vivencio nesse momento,a enorme saudade de minha mãezinha,que como a sua,foi criada numa fazenda,e durante toda sua vida,mesmo morando na selva urbana,guardava a delicadeza e a finura de gestos,os quais nasceram com ela ,e estiveram sempre acompanhando-a todo o tempo que viveu ao meu lado.Agora,mais distante dos meus olhos,repenso toda aquela criaturinha,digna e pura de gestos e sentimentos.Lu,a saudade e´ imensa e eterna.Com lagrimas mando-te um beijo.