Quase todo mundo se lembra de Valeria Monteiro no Fantástico e no Jornal Nacional, nos fim dos anos 80 e começo dos 90, com postura e beleza, fazendo muito bem o seu papel.
Como amplamente divulgado, a jornalista está de volta à TV, no Canal Viva (que está fazendo quatro anos), comandando “O show da vida é Fantástico”, convidada por Letícia Muhana, com quem já trabalhou no jornalismo da Globo. Se o programa der certo, vai estender-se por outra temporada.
Sua volta não deve ficar restrita apenas a isso: no começo desta semana, esteve num dos prédios das Organizações Globo, mas não foi a passeio – tudo ainda meio às ocultas, como deve ser; ou seja, vai pintar outro convite na esteira do primeiro.
Ela segue firme e suave, suave e firme, mas sem hesitação quando o assunto é voltar para o Rio, o que combina muito bem com o seu momento também pelo lado pessoal: fica perto da filha única, Vitoria (de 24 anos), com o diretor de núcleo da Globo, Paulo Ubiratan, que morreu em 1998. Vitoria estuda Cinema e está estagiando como assistente de direção na novela “Em Família”.
Valeria, que morou em Nova York e em Campinas, onde cresceu, estava em Arraial d’Ajuda, na Bahia, antes de receber o telefonema de Letícia, que está trazendo tantas mudanças para a sua vida. A foto é do Canal Viva (divulgação). Leia sua entrevista:
UMA LOUCURA: “Viajar nos feriados. Os aeroportos e estradas ficam intransitáveis, as passagens e hospedagens, pela hora da morte de caras, e o destino transformado em cilada pra turista.”
UMA ROUBADA: “Esquema de pirâmide, vide Bernard Madoff; não funciona nem pra quem já tem muito dinheiro.”
UMA IDEIA FIXA: “Tenho ideia fixa de aperfeiçoar. A busca pela excelência tem sido motivo de chacota, mas, sem ela, os padrões da nossa sociedade decaem até que começamos a achar que o pior é o melhor.”
UM PORRE: “O narcisismo é um porre. Homem muito metrossexual também me tira a paciência.”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Tentar ensinar alguém inconveniente a não o ser.”
UM APAGÃO: “A corrupção. É o maior apagão da sociedade e seu desenvolvimento.”
UMA SÍNDROME: “Tenho a síndrome de Cameron Diaz (a atriz costuma aparecer com visual desleixado). Minha irmã me diz quando saio de casa sem me arrumar, com chinelo de dedo e roupas confortáveis, sem me preocupar se alguém está me julgando…”
UM MEDO: “Medo que a ignorância nos impeça de competir globalmente. Nossas crianças irão, cada vez mais, enfrentar um mercado de trabalho global e a concorrência altamente capacitada de países que olham para o desenvolvimento educacional com seriedade.”
UM DEFEITO: “Não tenho um defeito, tenho muitos… até o perfeccionismo, que já achei que fosse virtude, hoje penso ser defeito.”
UM DESPRAZER: “Desprazer em lidar com a injustiça. É difícil pra mim ficar calada, ou não tentar agir de alguma forma, quando vejo uma… Mas um desprazer enorme do dia a dia é ter que resolver algum problema de serviço, especialmente com as empresas de telefonia celular – um estresse só.”
UM INSUCESSO: “Insucesso é com a dieta – qualquer uma. Já tentei todas ao longo do tempo. Gosto de comer, mas minha refeição é geralmente equilibrada. O problema maior é que tenho prazer em beber um bom vinho, uma caipirinha de vez em quando… calorias vazias que acabam com qualquer esforço para perder peso. Ficar em casa escrevendo também não ajuda; qualquer ansiedade me leva à geladeira, que está sempre ao alcance. Por outro lado, quando o trabalho é na TV, tendo a emagrecer; mal dá tempo pra comer com toda a correria.”
UM IMPULSO: “Sou ariana, muito impulsiva. Às vezes, enquanto penso se devo fazer… já fiz.”
UMA PARANOIA: “Tenho paranoia com a falta de controle do destino.”