Christina Oiticica, que mora em Genebra com o marido, Paulo Coelho, está no Brasil, aonde veio lançar o livro “Contanto a Arte de Christina Oiticica”, da autoria de Patrícia De Luna, no Rio, e participar da Fliporto (Festa Literária Internacional de Pernambuco), em Olinda. A artista plástica, que vem pouco ao País, em viagens raras e rápidas, desta vez passa seis dias. “Não venho mais porque o Paulo tem viajado muito”, afirma.
Além desses compromissos, Christina, teve ainda dois outros na agenda: ir a Angra dos Reis desenterrar seis quadros (sua principal técnica é deixar que a natureza aja sobre suas obras) que deixou por lá há um ano e meio. Tem ainda 15 obras sob a terra na Áustria: “Deixo a mão de Deus interferir neles”, diz ela. O outro foi distribuir mil panfletos de Nossa Senhora da Rosa Mística, parte em Olinda e parte no Rio, para pagar uma promessa.
Em Pernambuco, a artista, sempre cumprimentada, se atrasou 40 minutos para um encontro com Deepak Chopra, que, aliás, cobrou 100 mil dólares por uma palestra de 1 hora. Deve ser a única pessoa a fazer isso (foi pelo trânsito intenso) e ser perdoada imediatamente pelo guru, amigo do seu marido. Durante a entrevista, seu celular tocou, numa chamada da Suíça: era Paulo Coelho, morrendo de saudade. Trocaram muitas frases carinhosas. Leia suas respostas:
UMA LOUCURA: “Existe a loucura boa e a loucura ruim: a boa é quando você faz alguma coisa contra os padrões, mas que é preciso fazer pra não ficar infeliz. A ruim é destrutiva, quando afeta o próximo. Já fiz milhares de loucuras, tanto boas quanto ruins – felizmente e infelizmente.”
UMA ROUBADA: “Uma roubada é marcar encontro com pessoas que não têm nada a ver e ficar carregando aquela mala.”
UMA IDEIA FIXA: “A minha ideia fixa é instantânea; no momento não tenho nenhuma.”
UM PORRE: “Porre de champagne, adoro. Fazer mala também é um porre.”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Frustração é colocar muita expectativa em alguma coisa e acabar não correspondendo ao que a gente está esperando.”
UM APAGÃO: “É melhor que não seja um apagão pra sempre. Entre os meus apagões, está o de esquecer o nome das pessoas; sou boa fisionomista, mas, às vezes, dá um apagão geral.”
UMA SÍNDROME: “Tenho a síndrome de querer agradar ao próximo.”
UM MEDO: “Tenho medo da minha imaginação. Às vezes dá um pânico noturno, aquelas angústias tipo “como vai ser o amanhã?”. Mas, assim que o sol nasce, tudo se transforma.”
UM DEFEITO: “Tenho o defeito de falar alguma coisa que não devo; depois me sinto culpada, o que não é uma sensação muito agradável. A culpa é a pior coisa que tem.”
UM DESPRAZER: “Tenho desprazer em conviver com gente de que não gosto. São poucas pessoas, mas existem – corto definitivamente.”
UM INSUCESSO: “Não gosto de falar sobre insucessos; prefiro falar sobre os sucessos, por exemplo, enterrar meus quadros para a natureza, a mão de Deus, interferir neles.”
UM IMPULSO: “Tenho o impulso de largar tudo, menos o meu marido (o escritor Paulo Coelho), e só viver peregrinando pelo mundo.”
UMA PARANOIA: “Tenho verdadeira paranoia de engordar, mas engordo. Tento fazer dieta. Eu era magérrima; hoje em dia, acho um preço altíssimo não comer, daí que prefiro engordar.”
CHRISTINA ESTAS ESTUPENDA, MAS GUAPA QUE NUNCA. ME GUSTO TU ENTREVISTA.
FELIZ CUMPLEAÑOS