Além de ganhar um poeta, letrista, roteirista, dramaturgo e um dos principais tradutores de Shakespeare no país, a Academia Brasileira de Letras passa a ter, com a eleição de Geraldo Carneiro, nesta quinta-feira (27/10), a garantia de um acadêmico com muito humor e descontração.
Geraldinho aproveitou para esclarecer, em meio aos inúmeros cumprimentos e telefonemas de amigos, que nunca usou mimeógrafo na vida, embora ele seja frequentemente citado como integrante da poesia marginal dos anos 70. “Sempre fui um marginal à margem, nunca usei mimeógrafo, tive amigos editores irresponsáveis que publicaram minha poesia, apesar do fracasso editorial. Agora, na academia, vou imprimir meus poemas em mimeógrafo, para me unir à minha geração”, disse, brincando.
Também na brincadeira ele falou sobre o fardão da ABL: “É uma grande honra, vou usar o fardão para tudo que é lugar, daqui em diante vocês vão me ver com ele na rua”. E, para finalizar, prometeu uma grande festa na sua posse, ainda a ser marcada entre dezembro a março: ‘Vamos todos encher a cara, vamos comemorar”.