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Vocês já perceberam que no Brasil somos cinéfilos — são muitas referências, porque por aqui as coisas são tão fora da curva, que é quase inevitável não se questionar se estamos vivendo numa realidade alternativa ou realmente a vida imita a arte. Esta semana, foi a vez de lembrar “Tropa de Elite 2”, especificamente da cena da discussão entre os deputados Fraga e Fortunato, quando o presidente da Alerj, André Ceciliano, engrossa o tom: “O decoro, senhores, por favor, o decoro!”
Foi só isso que deu pra pensar nessa semana, mais ainda quando o ministro da Educação Abraham Weintraub respondeu no Twitter: “Eu prefiro cuidar dos estábulos, ficaria mais perto da égua sarnenta e desdentada da sua mãe”, respondendo a uma seguidora falou que sugeriu, em caso de volta da monarquia, ele seria nomeado “bobo da corte”. Coincidência ou não, atualizou sua conta na rede social e retirou o cargo de ministro de seu perfil…
E na quarta-feira (20/11), no Dia da Consciência Negra, um deputado simplesmente rasgou um cartaz de uma exposição, autorizada pela Câmara, que abordava os altos números de mortes entre a população negra. Se algo lhe desagradava, entrasse com a representação, argumentasse e vencesse na democracia. Esse é o código de ética. Mas parece que a palavra decoro anda rabiscada. Entendeu agora por que a gente prefere pensar em filmes? A história é a mesma, mas pelo menos os personagens são mais interessantes. É ou não é?