João Emanuel Carneiro estreia, nesta segunda-feira (14/05), “Segundo Sol”, novela das 9, horário mais importante da TV Globo, num dia de energia alta, segundo a Cabala: Lua Nova de Gêmeos, data ótima para começos. Talvez tão alta quanto as expectativas do País inteiro com as histórias desse escritor que herdou da mãe, a escritora e crítica de arte Lélia Coelho Frota, o gosto pela literatura. E não são aquelas novelas que dão certo por caso, não – o cara tem enredo, o cara tem texto, o cara tem talento. Leva a audiência ao céu (já aconteceu tantas vezes), bem claro na nossa memória, como em “Avenida Brasil”, Brasil esse que, a partir desta noite, tem programa – e em todas as classes sociais. Desta vez, sob a direção de Dennis Carvalho. Leia sua entrevista.
[top5] numero:1 [f] titulo: Novela no ar, vida também? No lado pessoal, o que muda nestes meses? [f]
desc: A vida social fica um pouco em segundo plano. São meses de muito trabalho, muitas renúncias, muita entrega. [/top5]
[top5] numero:2 [f] titulo: Amiga diz, de brincadeira, que ainda bem que vc vai ter o Segundo Sol (tíulo da história) porque, talvez, tenha praticamente de abrir mão do primeiro – por quase um ano……[f]
desc: Hahahaha. Gosto muito de apreciar o sol, de vislumbrar a praia, mas confesso que adoro a companhia da lua e das estrelas. Gosto de trabalhar à noite, quando tudo silencia, o telefone para e consigo ter tempo pra colocar a imaginação pra funcionar. [/top5]
[top5] numero:3 [f] titulo: É fácil passar quase um ano sem lazer? [f]
desc: Não, não é. Eu tento, na medida do possível, encontrar com alguns amigos eventualmente, aliviar um pouco a tensão da rotina. Mas é algo muito difícil, pois, em casa, sempre me aguarda uma infinidade de páginas… Quando a novela está no ar, então, nem se fala…” [/top5]
[top5] numero:4 [f] titulo: O que mais sente falta neste período? [f]
desc: Sinto falta de poder ler mais, de assistir a mais filmes, de poder me alimentar mais de outras referências, de beber de outras histórias. Acabo ficando muito centrado na minha, meio autofagocitante; quase não sobra tempo pra nada. Também sinto falta dos períodos de ócio, muito importantes para o processo de criação… [/top5]
[top5] numero:5 [f] titulo: Qual a sua maior felicidade, dessas do dia a dia? [f]
desc: Acho que minha soneca depois do almoço.” (rsrs) [/top5]
[top5] numero:6 [f] titulo: E o amor na vida real, a quantas anda? Anda? [f]
desc: O amor não só anda como também voa (rsrs). [/top5]
[top5] numero:7 [f] titulo: As vidas da ficção são mais interessantes que a sua? [f]
desc: Muito mais interessantes! Volta e meia, alguém me procura dizendo que a vida daria uma novela, mas a verdade é que a vida de ninguém daria novela. [/top5]
[top5] numero:8 [f] titulo: Você gosta de saber da vida alheia só na ficção? Vamos ser sinceros… [f]
desc: Sendo sincero, não me interesso muito por fofoca não, principalmente no meio artístico. [/top5]
[top5] numero:9 [f] titulo: Onde você aprendeu as maldades para criar as personagens? De onde vem tanta inspiração? [f]
desc: Das bruxas dos contos de fadas que cresci lendo. As vilãs servem pra gente se confrontar com nossas zonas escuras, com nossas falhas. [/top5]
[top5] numero:10 [f] titulo: A opinião pública interfere até que ponto ao longo da história? Você sairia do roteiro inicial que tem na cabeça para se adequar a ela? [f]
desc: Interfere muito, com certeza. Mas acredito que não posso, como criador, oferecer tudo o que o público deseja. O meu papel principal é surpreendê-lo, tirá-lo de sua zona de conforto, oferecer a ele até mesmo o que ele ainda nem sabe que pode desejar. [/top5]