Thiago Soares, primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres, é, há tempos, um nome conhecido, mas isso em nada pesou para Danilo D’Alma, seu parceiro no espetáculo “Roots”, que tem sessões desta quinta-feira a domingo (14 a 17/07), no Oi Casa Grande, no Leblon.
Danilo, que foi ter as primeiras noções formais de dança contemporânea aos 14 anos, com Flávia Tápias, nunca aprendeu balé clássico, mas, na sua área, a dança de rua, tem vários títulos e turnês por Cingapura, Japão e Europa. No seu currículo há apresentações no Festival de Pina Bausch, a quem conheceu pessoalmente – nessa ocasião, participou de um jantar em que estava Mikhail Baryshnikov. “Juro que não me senti pressionado por Thiago ser quem é, temos uma boa escuta, ele tem humildade, se atirou com muito gás nesse projeto”, conta.
A ideia do espetáculo é fazer um encontro entre a dança urbana e o balé clássico, dando oportunidade para Thiago reviver seu tempos de menino do subúrbio, quando fazia esse tipo de dança.”Na minha carreira, estou sempre fazendo o papel de príncipe, de conde. Em ‘Roots’, vou interpretar o Thiago. Este projeto é um encontro comigo mesmo. Quero buscar outros caminhos. Este espetáculo é um questionamento, um exercício de busca artística”, disse Thiago.
Danilo conta que aprendeu muito com a disciplina do parceiro de palco. Com direção de Renato Cruz e Ugo Alexandre, “Roots” tem trilha sonora ao vivo do músico Pedro Bernardes e é produzido por Miguel Colker. Danilo, aliás, dá aulas em três academias cariocas e dentre elas, a de Debora Colker, mãe de Miguel.