O que seria obrigação virou motivo de comemoração: o prefeito da cidade que tem o mais famoso carnaval do País disse que iria à Marquês de Sapucaí (que incrível!) entregar a chave ao Rei Momo (que surpreendente!); liberou que a entrega fosse evento aberto (que admirável!). O prefeito desistiu de ir à Sapucaí durante os desfiles (que inacreditável!). Antes da mudança de ideia, desse vai-não-vai, Crivella chegou a fazer uma observação: “Não para sambar”, avisou. É como dizer: “Esse pecado jamais cometerei”, ou “Desse crime, não vão poder me acusar”, tão grave quanto aproximar a chave da cidade ao seu “corpo santo”, que nem tocou. Talvez, sem pensar, MC estava, de alguma maneira, depreciando aquilo que, para muitos, é meio de vida, é trabalho, é tradição, na cidade por ele governada (maneira de falar!) – atualmente, em fase medrosa, acuada, carente e falida. Ainda assim, deixou pra trás a sujeira e a violência e embarcou para a Europa. O Crivella, neste caso, fez um ótimo trabalho….. como cabo eleitoral do Eduardo Paes. Ou vocês não viram, nos blocos, plaquinhas com a frase: “Saudade do meu ex”, com a foto do ex-prefeito?