O discurso do então secretário da Cultura, Roberto Alvim (agora ex), parafraseando o ministro nazista Joseph Goebbels, atingiu a comunidade judaica do Rio: “Quando soubemos da declaração ficamos perplexos e revoltados, mas a atitude do presidente da República deu uma acalmada. A gente nunca foi tão aliado de Israel quanto no governo Bolsonaro”, diz Luiz Mairovitch, presidente da Hebraica Rio. E completa: “O Roberto Alvim se utilizou das mesmas técnicas do Adolf Hitler em seus discurso, além da trilha sonora do Wagner”, finaliza. O alemão Richard Wagner (1813-1883), era o compositor preferido do Hitler.
O texto de Goebbels (livro ‘Goebbels: a Biography’, de Peter Longerich): “A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”.
O texto de Alvim: “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”.