Foi inaugurada, nessa quinta-feira (26/04), a Casa Roberto Marinho, no Cosme Velho, agora um instituto cultural, com arte, cinema, exposições, debates. Ao contrário do Dr. Roberto, que gostava de fotos, os filhos, Roberto Irineu, João Roberto e José Roberto, evitam até onde podem, apesar de ser um capítulo importante nas suas empresas de comunicação: TV, revista, jornal (onde “imagem é tudo”). Ao correr o olhar pelo cenário, dentro e fora do casarão rosa, num terreno de mais de 10.000 metros quadrados, com arquitetura de Glauco Campello, uma convidada brincava com Lauro Cavalcanti, diretor do espaço: “Quero viver aqui pra sempre”. Rsrsrs! Pode até ter passado por outras cabecinhas a mesma coisa ao repararem no cenário onde Roberto Marinho morou por 60 anos, parte deles, com a mulher, Lily.
A coleção de arte (1.473 artistas no total), o piano de cauda, o jardim de Burle Marx, tudo que o casal amava tanto está intacto – menos os famosos flamingos, que, na opinião de Lauro, não suportariam tal número de visitantes; foram levados para uma fazenda. Pelo desejo de Lauro, vão ser intensos tanto as exposições quanto os debates: “Fiquei emocionado com a alegria das pessoas e a sensação de que estamos vivendo um momento importante para o Rio”, disse, enquanto Maria Antonia, uma das netas do Dr. Roberto, comentou: “Estou muito emocionada e feliz com o instituto, um lugar tão especial pra mim, e que é importante para a cultura brasileira.” Com essa noite de emoção por todos os lados, como dá pra perceber, Roberto Irineu, João Roberto e Zé Roberto Marinho cortaram a fita azul. Imagem pra televisão – mas rápida, por favor.