Final dos anos sessenta. Revolução sexual comendo solta. Tempo de pílula, sem Aids. Bebida é água. Animação total. Não ter alguém é prova de total incompetência. Procura incessante por sexo, diversão, drogas. O mundo é uma festa. Para criticar esse mundo, em 1969, Woody Allen estreia sua primeira comédia “Play it again, Sam” – em português, “Sonhos de um sedutor”. E marca também o início da bem-sucedida parceria com Diane Keaton.
Com o convite do produtor Miguel Colker, Ernesto Piccolo dirige a versão brasileira com o elenco formado por Luana Piovani, no papel representado por Diane Keaton, além de Heitor Martinez, Georgiana Góes (nos papéis femininos) e George Sauma como Allan Felix, o confuso e atrapalhado roteirista de cinema, candidato a grande sedutor.
O elenco divide-se nos momentos de uma história que tem altos e baixos, encontros e desencontros, traições e reencontros. “Já seria um presente dar vida a qualquer personagem de Woody Allen, mas Linda, além da honra de ter sido interpretada originalmente por Diane Keaton, me traz uma experiência totalmente nova à bagagem de atriz. É a primeira vez que levo ao palco o papel da mulher frágil, submissa e depende do marido”, diz Luana Piovani.
O Allan de George Sauma representa bem o dilema do novo mundo no qual as mulheres tomam decisões, se separam, procuram sua própria felicidade, doa a quem doer. Allan consulta seu alter ego Humphrey Bogart, no papel de Rick de Casablanca, para saber como conquistar as mulheres. Mas quem precisa de consulta quando se tem uma linda como Luana Piovani caidinha no palco?
Serviço:
Teatro Ipanema
Quinta a sábado, às 21h
Domingo, às 20h