Histórias de amor fortes devem durar a vida toda. Ultrapassar todos os obstáculos, vencer desafios, perdurar. Assim está na Bíblia, em todos os mitos que nos alimentam até hoje: Romeu e Julieta, Tristão e Isolda, Dante e Beatriz. A mulher pode ser musa inspiradora. Ou desestabilizadora. A opção pela confusão, pela dificuldade, pelo jogo de para/separa, segura/larga foi a o caminho escolhido por Flavia Bessone e Julia Rodrigues em Para sempre nunca mais.
Um jovem tímido, atrapalhado, careta está perdido no trote da Faculdade de Comunicação. PC, o jovem calouro, vivido pelo ator Caio Paduan, encontra não a metade de sua laranja, mas o outro lado da moeda: a intrépida e ousada Bob, interpretada por Patricia Vazquez. Bob é totalmente descolada. Namora um amigo do pai, é DJ. Nesse dia, 11 de setembro de 2001, o mundo explode com o atentado às torres gêmeas. E entre PC e Bob explodem os hormônios.
A aventura prossegue ao longo do tempo e de lugares. Bob é DJ, aparece e desaparece, namora muuuuuuuuito. Enquanto segue a vida de forma reta. Forma-se no tempo certo, vai trabalhar em jornalismo. Tem uma carreira ascendente. Um dia, em Nova York, tira Bob de uma relação totalmente roubada e aí resolvem ficar juntos. Mas o ficar juntos do casal é episódico. Estão no Egito, na Primavera Árabe. Bob, como os estudantes, revolta-se e vai embora.
Sob a criativa direção de Wendell Bendelack que, além de incorporar os vídeos que passam ao fundo do palco como elemento narrativo, inclui também o DJ que toca uma trilha que pontua e reforça o significado dos episódios. Chega 2014 e o jogo final da Copa: Brasil e Espanha, tradição versus novo ímpeto. PC e Bob se encontram mais uma vez nos minutos finais do jogo. E aí…. Você vai poder conferir neste final de semana.
Serviço:
Teatro das Artes
Sexta e Sábado, às 23 horas