O ex-banqueiro Salvatore Cacciola, em liberdade desde abril de 2012, está morando no bairro Moinho de Vento, em Porto Alegre, equivalente ao Leblon, no Rio; ou aos Jardins, em São Paulo. Salvatore, às vezes frequenta um bistrô, pertinho da sua casa, sempre muito sério, contido e bem acompanhado. Uma local, amiga da coluna, afirma que Cacciola tem uma namorada que mora em Canoas, perto da capital gaúcha: “Uma bela loira recém-saída da fôrma”, diz ela.
Salvatore Cacciola foi condenado, em 2005, a 13 anos de prisão, por peculato e gestão fraudulenta do banco Marka. Em abril de 2012, a Justiça do Rio extinguiu a pena, que, depois de cumprida parte do tempo, passou de regime fechado a semiaberto em 2011. A decisão de extinguir a pena foi tomada pela juíza Roberta Barrouin, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça. Segundo ela, à época, Cacciola respeitou as exigências da lei: tem mais de 60 anos, cumpriu um terço da pena e não cometeu falta grave nos últimos 12 meses anteriores à sua saída da prisão.
A vida do italiano-brasileiro tem muitos capítulos, como se sabe: Salvatore foi preso provisoriamente, mas em 2000 conseguiu um habeas corpus do ministro do STF Marco Aurélio Mello e viajou para a Itália. Depois, a liminar foi revogada, determinando uma nova prisão, mas Cacciola não voltou ao Brasil e virou foragido. Um pedido de extradição do ex-banqueiro foi negado pela Itália, já que ele tem cidadania italiana.
Depois de ser localizado pela Interpol em Mônaco, em setembro de 2007, Cacciola foi preso. Ele foi extraditado para o Brasil em julho do ano seguinte. Desde então, até conquistar a liberdade, esteve preso no Rio. Em marco deste ano, o Ministério da Justiça pediu a extensão da extradição de Cacciola. O pedido foi feito a Mônaco, que deve decidir pelo cumprimento, ou não.