Como se sabe, policiais do Batalhão de Choque (BPChq) jogaram bombas de gás lacrimogêneo e dispararam balas de borracha contra os manifestantes já na subida do viaduto de São Cristóvão, uma das vias de acesso ao Maracanã, nesse domingo (16/06).
Muitos torcedores, crianças inclusive, ficaram em pânico. Vários sofreram com os efeitos das bombas, como essa estudante, que, como muitos ali, tem medo do poder público, tanto que não quis dar seu nome: talvez, nesse episódio, seus temores façam sentido – vítima das bombas de efeito moral e, por ser asmática, ainda pior, foi socorrida por dois homens da guarda municipal, o que surpreendeu a alguns. Como ela tremia muito com calafrios, um deles chegou a tirar o seu colete para cobri-la. Em contrapartida as atitudes inadequadas da polícia. No fundo, é uma cena bem carioca, gente, quase sempre, muito solidária.
A manifestação foi mais uma da série que acontece em todo o Brasil, desde a semana passada, que começou pela redução dos preços das passagens do transporte público e, finalmente, culminou com a mensagem: “Não é por centavos. É por direitos”.
Nesta segunda-feira (17/06), nova manifestação está marcada na Candelária, no Rio, às 17h.