Não há frequentador assíduo do Mr. Lam, no Jardim Botânico, que não pergunte quando a garçonete Francisca Medeiros, cearense de 31 anos, estará de volta aos salões. Já tem previsão: novembro. Francisca, que mora em Jacarepaguá, foi atropelada há alguns meses, na Freguesia, e um dos seus pés foi esmagado no acidente.
Antes que lhe amputassem o pé, como o previsto, o assunto chegou a Eike Batista, dono do restaurante. O empresário tirou a funcionária do hospital e a encaminhou para as mãos de dois dos melhores médicos do Rio: José Carlos Cohen, ortopedista, com consultório em Ipanema, e Pedro Bijos (chefe do Serviço de Microcirurgia Reconstrutiva e Cirurgia Plástica do Hospital de Traumato-Ortopedia), em Botafogo. Ambos conseguiram livrá-la do pesadelo.
Nem precisa dizer que, para Francisca, “é Deus no Céu e Eike na Terra”: “Eike é meu anjo protetor. Ele me salvou”, diz ela, que afirma não ter ideia do valor da conta, ou melhor, das contas, pagas e ainda por pagar. Francisca não vai poder ficar de pé muito tempo seguido no Mr. Lam, como fazia antes, mas o assunto já foi conversado e ela vai trabalhar sentada o tempo que julgar necessário. Diz ainda que, em qualquer momento de desânimo quanto aos estudos (ela faz Administração de empresas na Candido Mendes), lembra-se de Eike dizer: “É preciso estudar para crescer”. Eike abandonou a faculdade de Engenharia depois de cursar dois anos e meio, ou seja, é o famoso “faça o que eu mando, mas não faça o que eu faço”.