Tudo no lançamento do “Livro das Horas”, autobiografia de Nélida Pigñon, na Travessa do Shopping Leblon, nessa quarta-feira 15/08), foi muito organizado. Não era pra menos: o cerimonialista Ricardo Stambowsky, que organiza muitos dos casamentos mais chiques do Brasil, estava à frente do evento. A fila, que durou mais ou menos das 18h30 à meia-noite, foi das maiores já vistas ali: todos os cariocas sabem que essa livraria é enorme, mas, lá dentro, não couberam os convidados.
Nélida é do tipo que bota a vida em dia com as amigos no momento da dedicatória, o que, para quem está esperando há horas, é um pecado – talvez, um doce pecado. Ela mesma dizia que ali estavam personagens importantes da sua vida e que não os via há tempos, exatamente por estar há mais de 20 anos sem fazer noite de autógrafos. Alguns já chegaram com os livros assinados, passaram direto, “só pra dar um beijo”; há quem não interprete isso como furar a fila. O que é então? Claro que não estão sendo levados em conta os imortais da ABL, que têm passe livre, por razões óbvias; ao contrário de Caetano, não abrem mão dos privilégios concedidos pela idade!
A certa altura, adentra o salão a franco-brasileira Bethy Lagardère; nesse momento, deu-se um fato curioso: em vez de pegar um autógrafo, ela é que deixou para Nélida a seguinte mensagem: “A única coisa que não fiz para chegar até aqui foi nadar” (veja foto na Galeria). É que Lagardère veio direto do aeroporto, vindo do exterior, e, segundo disse, fez loucuras para estar ali a tempo. Alguns interpretaram como uma “viagem egocêntrica da Bethy”, por ela ter escrito na página que, normalmente, o escritor assina. Outros tantos, pelo contrário, acharam ser um grande carinho – claro, foi essa a intenção. O livro ficou na mesa da autora para que ela assinasse – em qualquer outra página (tem tantas… ) – e devolvesse.
Ali ficou provado: Nélida é mulher de muitos e variados amigos, dona de um verdadeiro patrimônio de afetos e amores. Veja fotos na Galeria!