O irreverente diretor José Celso Martinez Corrêa fechou a série de três espetáculos de reabertura do Teatro Ipanema. Um dos participantes do tributo “Três noites a caminho do mar”, nessa quarta-feira (27/06), com um monólogo (texto de Artaud), o diretor fumou um cigarro de maconha no palco. “É para batizar o teatro”, explicou, depois de alguns tragos e, na sequência, passou o baseado para a plateia. Nem precisa dizer que o aroma da erva tomou conta do ambiente.
Durante a sua apresentação, que misturava humor, deboche e lirismo, Zé Celso aproveitou para criticar a política cultural do governo. “A Dilma só pensa em tijolo e cimento. Só quer saber de construir obras. Ela é bem-intencionada, mas não entende nada de cultura”. O Secretário Municipal de Cultura do Rio, Emílio Kalil, assistiu à performance ao lado da crítica Barbara Heliodora. Quando os jornalistas lhe perguntaram o que tinha achado do baseado do diretor, o secretário foi lacônico: “O Zé Celso é um grande artista”.