O Embaixador Carlos Calero Rodrigues morreu na noite dessa quinta-feira (22/12), no Rio, onde estava internado no Samaritano, há meses. Filho de imigrantes espanhóis, Calero era carioca do Leblon, mas passou a infânca no Méier.
Em 1945, começou na carreira diplomática, por concurso público. Serviu no Consulado-Geral em Montreal, nas Embaixadas em Washington (1947/1950), Paris (1956/1962 e 1964/1967), Assunção (1963) e Varsóvia, Foi, ainda, Embaixador Alterno da Missão do Brasil junto à ONU, de 1979 a 1984, e Secretário-Geral do Itamaraty, posto mais alto da carreira diplomática, entre 1984 e 1985.
O Embaixador Calero, como era conhecido, teve atuação importante no campo dos Direitos Humanos e do Direito Internacional e, de 1982 a 1995, foi membro da Comissão de Direito Internacional da Nações Unidas. Homem de grande currículo, foi o primeiro brasileiro a presidir a Comissão de Direitos Humanos da ONU (1981), atual Conselho de Direitos Humanos.
Como Chefe da delegação do Brasil à III Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1978/1982), teve papel fundamental na definição de conceitos jurídicos que servem, hoje, de base legal para a exploração brasileira de petróleo em águas profundas e ultraprofundas. Calero, de 92 anos, deixa uma irmã, Carmen, e sobrinhos.