Depois de quase 20 anos do lançamento de “Na sala com Danuza”, a jornalista e escritora volta com “É tudo tão simples” – para muitos, uma atualização do manual de boa educação, gentileza e comportamento anterior, grande sucesso no Brasil inteiro.
Que Danuza Leão foi modelo, foi colunista, foi casada com quem quis, todo mundo sabe. E ela segue mudando, mudando, mudando. A mudança, em todos os sentidos, faz parte da vida de Danuza – tanto da física (ela bota aplique, tira aplique, clareia, escurece, alonga, encurta, mexe aqui, mexe ali) quanto de endereço mesmo: entre esses dois livros, mudou-se de casa pelo menos cinco vezes: saiu do Leme para outro ponto da Avenida Atlântica (ambos em Copacabana), daí para o Flamengo; na sequência, para a Barão da Torre, depois Vieira Souto, onde está instalada – esses dois últimos, em Ipanema.
E segue assim, vibrante e autêntica, der no que der. Segundo uma amiga: “Pode seguir à risca a mala recomendada por ela neste último livro, sem jamais correr o risco de estar inadequada”. Já um cirurgião plástico, que a conhece há anos, comenta: “Danuza está sempre atualizada. É uma mulher vibrante e inconformada”, afirma. Veja suas respostas, tão curtas.
UMA LOUCURA: “Como é que é? Como é que vai ser? Não sei”
UMA ROUBADA: “Achar que vai dar tudo certo é uma roubada”.
UMA IDEIA FIXA: “Não tenho ideia fixa”.
UM PORRE: “Foram tantos!” (Perguntada se poderia colocar três pontinhos nesta resposta, completou: “Não uso reticências”.)
UMA FRUSTRAÇÃO: “Não, sem frustrações”
UM APAGÃO: “Pensar no futuro”.
UMA SÍNDROME: “Não sei o que é uma síndrome”
UM MEDO: “Só tenho medo de ter medo”.
UM DEFEITO: “São tantos… o principal é querer sempre a perfeição”
UM DESPRAZER: “Desprazer é uma festa com muitas pessoas em volta”.
UM INSUCESSO: “Insucesso é acordar com dor na coluna, o que, às vezes, acontece”.
UM IMPULSO: “Tudo, eu vivo de impulsos”.
UMA PARANOIA: “Paranoia de que o mundo vai acabar”.