Miriam Kimelblat morreu nessa segunda (16/05), no Pró-Cardíaco, em Botafogo. A joalheira, nome forte em sua área, com criações exclusivas, descobriu, em fevereiro, uma síndrome neurológica repentina e rara, surgindo, na sequência, uma inflamação no cérebro. Miriam, formada em Psicologia, filha do grande joalheiro Natan Kimelblat (nome associado a uma das maiores grifes de joias do Brasil, cujas lojas foram até 2013), sempre dizia ao pai que queria ser desenhista de joias quando crescesse.
Estudou sobre o assunto e pôs em prática seu maior desejo a partir do fim da década de 1990. Depois disso, fez curso de designer em Genebra, com passagens por joalherias italianas. Em 2001, foi eleita “Melhor Designer” pela revista “Vogue Gioiello”, naquele país. Seguiu carreira de sucesso, com as pessoas mais interessantes usando as suas peças — primeiro, com atelier em Ipanema; em 2011, inaugurou loja no Fashion Mall, em São Conrado.
Os amigos da família sempre disseram que Miriam tinha o talento do pai, um vitorioso por si, tanto quanto a irmã, Jane Rose Klarnet. Em 2004, ela fez a composição de joias do filme “Olga”, dirigido por Jayme Monjardim. Seu talento, originalidade e elegância sempre foram reconhecidos, tanto quanto suas grandes qualidades humanas. Miriam teve três filhos: Alexandre, Patrick e Arthur, e três netos. O corpo foi enterrado no cemitério do Caju, nesta terça (17/05).