André Ramos, empresário e herdeiro da área de construção, além de famoso festeiro carioca, conseguiu juntar toda a papelada necessária para realizar um grande desejo: adotar duas crianças. Desejo, aliás, não só dele como também do marido, o jornalista Bruno Chateaubriand. André prefere que sejam duas crianças irmãs e órfãs: “Quero dar a eles a mesma estabilidade e tranquilidade que tive dos meus pais”, diz.
O assunto já foi bastante falado no Rio, mas era apenas uma intenção dessa dupla muito querida na cidade carioca. Significa uma grande mudança na vida de Ramos; mas é um assunto pensado, repensado e, finalmente, decidido, na sua cabeça (e coração). Lá para o mês de março, tudo estará resolvido, como deve ser. O próximo réveillon, supõe-se, será o último na vida dele sem bebês correndo pela bonita casa da Gávea. Como sabido, Bruno e André costumam dar grandes festas na virada do ano. A próxima está mais do que decidida: será na Avenida Atlântica, para 300 pessoas.
1 – UMA LOUCURA: “Ter gasto o que gastei entre os anos de 1995 e 2005. Não me arrependo! Fiz na idade certa e, quase sempre, com as pessoas certas. Quase sempre, acertei nas companhias – na verdade, a maioria permanece na minha vida até hoje. Meus gastos sempre foram mais relacionados ao coletivo do que ao individual. Faria tudo novamente.”
2 – UMA ROUBADA: “Aqueles segredos que alguém te conta e você preferiria nunca ter sabido. Se você matou alguém, não venha me contar! (brinca ele). Sobre isso, até hoje me pouparam, o que é ótimo, já que não tenho voto de silêncio, não sou padre, advogado ou psiquiatra.”
3 – UMA IDEIA FIXA: “Viajar, viajar e festejar. São as melhores terapias do mundo!!!”
4 – UM PORRE: “Acho um porre essa onda de ser politicamete correto em demasia; outro é aturar pessoas pretensiosas – essas carregam muita inseguranca social.”
5 – UMA FRUSTRAÇÃO: “Minha avó, Lena, não ter chegado aos 100 anos. Faleceu aos 98, e sempre foi a minha melhor amiga. Foi a primeira pessoa a falar de camisinha comigo e, mesmo sendo de uma família burguesa e careta, nada a impediu de ser uma amiga íntima.”
6 – UM APAGÃO: “A crise financeira de 2008 – a primeira vez que perdi dinheiro na minha vida. Quase fiquei doido.”
7 – UMA SÍNDROME: “Amar demais, comer demais, gastar demais, mas agora tudo esta sob controle: tenho uma relação estável de 13 anos, peso ideal, e nem mais rico ou mais pobre.”
8 – UM MEDO: “É de quando eu enxergo o outro, de como ele realmente é – na grande maioria das vezes, assustador! Nelson Rodrigues já dizia que, se soubéssemos o que os outros fazem entre quatro paredes, ficaríamos em casa.”
9 – UM DEFEITO: “Não esperar 24 horas para reagir com situações que me incomodam. Já melhorei bastante a reatividade. Viro sempre um maremoto, e o Bruno ainda leva a culpa.”
10 – UM DESPRAZER: “Pessoas que vivem muito tempo fora do Brasil e, quando forçadas a voltar, carregam aquele ar ridículo ‘não sou daqui’ ou esquecem o português – tipo: ‘Não nasci aqui, mas consumo as coisas exóticas do meu país’. Não dá pra aguentar.”
11 – UM INSUCESSO: “Não ter trocado de advogados, médicos e mecânicos todas as vezes que achei necessário.”
12 – UM IMPULSO: “Tudo relacionado ao amor faço por impulso. Adotar filhos, por exemplo, não deixa de ser um impulso porque, se for pensar e repensar, a gente acaba não fazendo. Filho é tambem uma busca pelo amor incondicional.”
13 – UMA PARANOIA: “Solidão na velhice, por ter um núcleo familiar muito pequeno. Isso sempre foi algo que passou a me incomodar desde que fiquei mais velho. (Ele tem 36 anos).