Tenho reparado que os estilos de vida egoísta e individualista estão totalmente ultrapassados. Bora deixar para trás modelos antigos de miséria e ganância e seguir em frente, na direção de um futuro mais harmonioso e feliz para todos?
Em um dos meus retiros vipassana (uma das mais antigas técnicas de meditação da Índia), experienciei um sentimento bélico. Eu estava com muita raiva – realmente querendo “matar” alguém por esse ou aquele motivo que só diziam respeito a alguma questão interna que eu devia curar em mim mesma. A irritação era muito por conta das instalações: sul da Tailândia (mas sem glamour nenhum), num antigo mosteiro, com celas para dormir no cimento frio, com uma esteira e um “travesseiro” de madeira. O banho com a água de um tanque e na frente das demais companheiras do retiro silencioso de dez dias, todas obrigatoriamente envoltas em sarongues para não mostrar o corpo, que deveria ser considerado algo sagrado e puro, e não um “pecado” a ser escondido. Bem, se isso não é sair da zona de conforto, não sei o que é.
O local de meditação, dez (10!) horas diárias, era de areia, ou seja, 1 (uma) hora na mesma posição (que é o ideal), reverenciando a impermanência toda “enfarofada”.
Fui conversar com a monja (normalmente são homens) e, num desabafo, confessei: “Não consigo! Pelo amor de Deus!! Dormir mal, tendo que lidar com um banho sofrível e dez horas me sentindo um croquete meditando na areia estão gerando em mim sentimentos de violência”. A reatividade e a agressividade — justamente os comportamentos que eu estava buscando trabalhar — estavam latentes e a um passo de explodir!
Ela me respondeu: “Os nossos pensamentos geram situações e, nessas situações, nosso comportamento atrai a vibração energética à nossa volta: quanto mais você está resmungando e remoendo internamente, essa “vibe” negativa começa a rondar você, que começa a manifestar essas circunstâncias e atrair esse certo tipo de pessoas.”
Em resumo, tudo o que estava me desagradando eu estava alimentando. Esta equação jamais pode resultar em algo positivo.
Então, o mais inteligente — não que seja fácil — é parar de julgar e encarar o desconforto com aceitação e as pessoas como oportunidade de aprendizado.
Portanto, sugiro (se possível) inserir mais leveza na sua vida, transmutar a frequência, pois se você está em FM, não vai ouvir o que está em AM.
Para me ajudar e, espero que também te ajude, eu uso algumas ferramentas de “access x consciousness” (acesso e consciência) e me pergunto:
“Quem eu escolhi e posso ser hoje que não estou sendo?”
“Que futuro eu posso criar com as escolhas de hoje?”
“Como posso contribuir para mim, para você e para tudo que existe?”
“O que é que eu acredito, que não creio acreditar que está criando essa situação?
Lembre: você é seu próprio mestre. Se você se sente bem, você aparenta bem-estar e leveza e consequentemente os atrai para a sua vida.
Viva positivamente!
Fonte: “Você pode ser mais feliz comendo”.
@karencoutooficial