A gente pensa quais diferenças existiriam se os “Diários de Andy Warhol” tivessem sido escritos por ele, em vez de ditados à sua amiga Pat Hackett, ou qualquer outra, que sutis diferenças existiriam? Não sabemos. Seja do jeito que for a minissérie de seis capítulos sobre a vida do artista, estreou recentemente na Netflix e está ai pra você. Num dos episódios, Warhol vai à festa de aniversário de Sean Lennon, filho de John Lennon e Yoko Ono, ainda uma criança e vê um garoto instalando um computador. O artista comenta que tem alguém ligando pra ele, querendo entregar um Macintosh de presente, e o jovem diz “sou eu”. Era Steve Jobs.
E o clima artista incompreendido que não encontrou o amor? Como diz o jornalista Mario Mendes: “É meio piegas, mas tem muita coisa boa”.
Em outras passagens, o pânico trazido pela AIDS, bastidores da Interview (revista que foi editada por um período com sucesso também no Brasil), amigos de Andy, noitadas no Studio 54, encontros, desencontros e assim vai. Para quem gosta do Jean-Michel Basquiat (um quadro seu foi vendido por US$ 110,5 milhões, na Sotheby’s, em NYC em 2017), morto aos 27 anos por overdose de heroína, pode adorar a colaboração dele e de Warhol, mostrada em boa parte da série.