Patricia Viera, chamada por muitos de a deusa-do-couro, por ser a que mais usa esse material no Brasil desde 1998, com 43 pontos de venda no País e 64 no exterior, está com nova marca no mercado, a Pat Pat’s, para a garotada – o que vem deixando essa estilista simples, chique, detalhista (sem ser chata) muito animada. Descobriu, por exemplo, que as adolescentes adoram comprar roupa toda semana, muito mais do que aquelas com mais de 25 ou 30 anos.
Desde 2004, desfila no Fashion Rio; em 2006, partiu para a São Paulo Fashion Week e, em 2010, foi convidada por Eloysa Simão para o Fashion Business, não só para fazer os desfiles, mas também para integrar o salão de vendas do evento – nunca mais quer sair. Bem-humorada, inteligente, criativa, autêntica, é grande personagem carioca. Pensou em moda? Não tem como não lembrar de Patricia Viera.
UMA LOUCURA: “Ter tido filho aos 18 anos – isso é uma loucura pra qualquer um.”
UMA ROUBADA: “Começar a participar de desfiles, nunca mais se quer voltar atrás. E o pior: sempre dá medo, sempre acho que não vai dar certo.”
UMA IDEIA FIXA: “A perfeição e a qualidade – isso é tudo que eu mais prezo na vida.”
UM PORRE: “O último que eu tomei há mais ou menos duas semanas – apenas cinco caipirinhas. Ah, como adorei!”
UMA FRUSTRAÇÃO: “Ainda não ter sido avó, aos 55 anos. Essa é a minha maior frustração – eu adoraria. O povo aqui em casa não quer fazer filho, só trabalhar. Filho é muito caro, em todos os sentidos.”
UM APAGÃO: “Enfrentar a Avenida Brasil, como faço sempre, é um verdadeiro apagão, às sextas-feiras, por exemplo, fico em média três horas para atravessá-la. Chego a pensar que não vou ter a luz de volta. Ver a Lagoa (Rodrigo de Freitas) acesa parece uma coisa longínqua.”
UMA SÍNDROME: “Tenho pavor de pouca luz. Deixo as luzes dos hotéis acesas – morro de medo do escuro.”
UM MEDO: “Tenho sempre medo de não conseguir, não ter novidade para o próximo desfile. Esse medo me acompanha, já o considero quase um assistente.”
UM DEFEITO: “Meu maior defeito é ser uma controladora, até dos amigos. Outro defeito é querer tudo arrumado demais, chegando ao ponto de não conseguir conversar bem com uma pessoa se a mesa dela estiver desarrumada. Se for alguém íntimo, eu aviso: “Arruma tudo que vou chegar.”
UM DESPRAZER: “Tenho cada vez mais desprazer em ler jornais. Assisto sempre ao “Jornal Nacional” para não ficar alienada. Outro desprazer é a saúde pública: é mais que desprazer, é um vexame.”
UM INSUCESSO: “Não ter feito uma faculdade, ter abandonado o curso de História – não por uma questão de cultura, mas de inteligência. Respeito os autoditadas, mas adoraria não ser.”
UM IMPULSO: “Tenho muitos impulsos, vai do coração direto para a boca. Ultimamente, controlo melhor isso, já não faço mais malcriação, a reatividade é quase passado na minha vida. Chego até a identificar nos outros aquilo que havia em mim.”
UMA PARANOIA: “Só entro na minha fábrica (na Penha), rezando; mas sei que não é TOC.”