Dá pra perceber que a mineira Bethy Lagardère virou mesmo uma cidadã francesa: ela respeita o que os vizinhos pedem. Normalmente, carioca não tá nem aí pra isso! Bethy comentou com alguns amigos que, ao saber que ela daria uma festa para Jean-Paul Gaultier, que está no Rio, vários moradores do seu prédio, na Vieira Souto (ela é dona da cobertura), implicaram com o assunto. O que a anfitriã resolveu? Contratou um grupo de chorinho, que tocou a noite toda muito baixinho, não incomodando ninguém. O evento foi no salão de festas do prédio, e nem no primeiro andar dava pra ouvir absolutamente nada.
O cenário não poderia ser mais espetacular. Levava a assinatura de Antonio Neves da Rocha, com paredes vivas em samambaia, além de muitas hortênsias espalhadas por todo o ambiente. Quem achou que o homenageado chegaria com um figurino, digamos, exótico, se surpreendeu: o estilista estava tão clássico quase quanto o cônsul Jean Claude Moyret. Aliás, na mesma noite, eram três “Jean” na vida da anfitriã: Jean-Paul Gaultier, o homenageado; Jean Claude Moyret, o cônsul; e, só na saudade – supõe-se -, Jean-Luc Lagardère, um dos maiores empresários da França, de quem ficou viúva depois de um casamento de 25 anos.
Quanto aos figurinos, tudo esteve bem dentro da normalidade, a única exceção ficou por conta da recepcionista, toda de Carmen Miranda. Uma surpresa que parece ter agradado Gaultier foi o vozeirão de Alcione, dois tons acima do grupo de chorinho, o francês simpático disse ter adorado.
Os convidados que iam de Ivo Pitanguy a Luis Octavio Indio da Costa, de Bruno Faria e Marília Pera a Carlos Tufvesson e André Piva, de Rawlson de Thuin a Oskar Metsavaht, de Nélida Piñon a Miguel Falabella – o ator, aliás, ganhou bolo de aniversário. Todos sentaram na poltrona de jacaré dos Irmãos Campana, para serem fotografados.
Uns poucos foram convidados para pastel com champagne na piscina da anfitriã, nos próximos fins de semana, ela ama esse programinha. Até abril Bethy estará no Brasil, sem interrupções.