Para falar do futuro, é preciso imaginar, fazer comparações, apostar e planejar. Mesmo assim, tudo pode ser totalmente diferente daquilo que pensamos, e planejar não é uma boa opção. Aprendemos, com a pandemia, que o mundo pode parar e recomeçar sem aviso prévio.
E, a cada recomeço, novos hábitos, ideias e oportunidades aparecem enquanto outras desaparecem completamente. O grande segredo é a agilidade e a capacidade de nos movimentarmos de acordo com as mudanças. Estar à frente, nos dias atuais, significa ser mais maleável e adaptável do que ter grandes ideias.
Como poderíamos conceituar, através da imaginação, pelo que estamos vivendo hoje, uma casa do futuro? Vários teóricos da arquitetura consideram que a tecnologia será a grande protagonista da casa moderna, enquanto outros apostam na ecologia, sustentabilidade, na forma orgânica e na simplicidade como nova forma de viver. E ainda outros, na junção desses dois conceitos.
A casa do futuro será construída pela geração que hoje tem entre 5 a 10 anos, que vai estar pronta para decidir e optar pela casa mais capaz de representar o novo estilo de vida e a nova ordem mundial. O tempo continua sendo um mistério e o futuro, uma grande fantasia.
Perguntamos à estudante Catarina Moura Borges, 11 anos, filha da arquiteta Roberta Moura Borges, que ama pintura, faz aula de circo, adora natureza e convive com arte e arquitetura desde pequena — a mãe sempre a incluiu em seus programas, como feiras e exposições.
Como você enxerga a casa do futuro?: “Para mim uma casa deve ser perto da natureza, com jardim e muitas plantas. Gosto de casa com espaço, janelas grandes e altas e com vista. À noite, adoro iluminação boa e clara. Ter arte em casa é fundamental. Gosto de móveis claros e moles, e tecnologia é importante, wi-fi indispensável, TVs , som moderno, tudo isso integrado. A minha casa vai ser quase igual à que a minha mãe projetou para nossa família na serra. Natureza, família, tecnologia, conforto e união.”