Para os moradores de rua do Rio pode faltar tudo, menos um cachorro. A cena é comum em todos os bairros cariocas, divididos em duas modalidades: aqueles que amam seus cãezinhos e os que os usam para sensibilizar os adoradores de animais e, assim, conseguir uma ajuda extra.
Muitos deles não sabem que, em junho deste ano, a Câmara de Vereadores aprovou uma lei do vereador Marcos Paulo que autoriza a entrada e permanência de animais domésticos em abrigos, casas de passagem, albergues e centros de serviços públicos ou privados, que tenham contrato com a Prefeitura. Ou seja, a Prefeitura tem a obrigação de criar espaço em seus abrigos para que moradores de rua possam receber assistência sem precisar abandonar o animal. Mas pergunta se algum deles gostaria de ir?
Desde 2019, o projeto Moradores de Rua e Seus Cães (MRSC) faz ações em vários bairros, como Copacabana, Glória e Ipanema, oferecendo ração, castração, vacina e banhos aos bichinhos. São seis coordenadores do projeto, além dos voluntários e empresas parceiras. “Na maioria das vezes, o morador de rua tem amor pelo animal, tanto que, antes da lei, tiveram a oportunidade de ir a abrigos e não foram por causa dos bichos. É a única companhia deles, uma fonte de proteção, porque o animal é um guardião”, diz Camila Azevedo, uma das coordenadoras do projeto, que mora em Copa. Quer ajudar? Saiba como no @mrscrio.