Aos poucos, voltamos aos nossos antigos hábitos; um deles é viajar. Com certeza, mudamos os motivos: agora, não são mais aquelas passagens corridas a trabalho. O viajar passou por uma das maiores transformações no mundo pós-covid — o ser humano, por natureza, é nômade. A curiosidade de conhecer novos lugares tornou-se ainda mais prioritária, importante, especial e única.
Escolher um hotel ou uma casa temporária faz parte do pacote, o que, para muitos, é um grande prazer e faz parte da aventura tanto quanto escolher o destino. Os hotéis modernos podem ser revertidos em moradias por mais tempo, e até mesmo os resorts estão com opções para quem quer alongar a estada e fazer daquele quarto um miniloft para períodos maiores.
Com esse pensamento, o que muda na arquitetura e na ambientação? Mais aberturas, privacidade, espaços e, principalmente, mais contato com a natureza, mesmo nos centros urbanos. Na ambientação, temos o uso de materiais neutros, cores suaves e conforto priorizando o design, assim como muito material natural, como linho, madeira, pedra, luzes indireta e natural. Antes, tendo o design como objetivo principal, agora, os hotéis deram lugar aos materiais ecológicos e sustentáveis.
Perguntamos a Alexia Wenk, criadora da marca Madnomad 123456 (em parceria com a multimarcas paulistana Pinga), qual seria sua preferência nos novos tempos: “Em primeiro lugar, escolho um que ofereça ótimo serviço — detesto hotéis de grandes redes que não têm personalidade. Adoro hotéis pequenos que têm um olhar regional, como um pedaço arquitetônico do local onde estou. A decoração é a mais regional e aconchegante possível. Viajar também significa uma imersão total naquele local, desde arquitetura, decoração, culinária, cultura, idioma e história. Para mim, viajar sempre foi reciclar, aprender e, de preferência, ficar muito tempo absorvendo as diferenças e as especificidades locais. Hoje, viajar é a confirmação do luxo dos luxos.”