O mês de maio é, sem dúvida, a época mais bonita. A temperatura e a luminosidade outonal são um momento inspirador para a casa também. A suavidade dessa época, em contraponto com tantas incertezas que estamos ainda vivendo, faz-nos olhar a casa com ainda mais romantismo e acolhimento. Mudar e transformar nosso espaço de forma suave é também uma forma de incorporar essa atmosfera romântica de maio.
Afinal, uma casa elegante não é um projeto fechado e acabado; está em constante transformação. Quanto mais somos íntimos do ambiente, mais temos liberdade em colocar aquilo que nos apaixona, seja uma peça, um quadro, um objeto de design, um tecido, uma cortina, papel de parede, seja qualquer coisa que nos traz prazer visual. Essa empatia nos faz sentir cada vez mais acolhidos e apaixonados pela casa.
Como já dizia o filósofo e escritor francês Marcel Proust no livro “Em busca do tempo perdido” (publicada entre 1913 e 1927 em sete volumes), uma música, um objeto ou um perfume são referências que nos trazem de volta momentos que já se passaram. E, assim, transformamos a casa num lugar cheio de bons momentos, e o romantismo de maio pode durar bem mais tempo.
Procurar um refúgio em casa é muito importante, até para não esquecermos jamais de ser felizes e acolhidos com amor. Perguntamos à Maria Antônia Ferraz, filha de Cláudia e Hélio Ferraz, formada em História da Arte em NY e com mestrado na Christie’s, sua opinião sobre o que é uma casa romântica: “É uma casa sem projeto fechado, uma casa nunca pronta, e tudo que estiver ali dentro faz sentido para quem mora. A arquitetura é importante para que o profissional nos dê a proporção da dimensão dos móveis e a distribuição dos espaços, mas as escolhas de objetos devem ser íntimas: aquilo que faz ressonância e que nos apaixona. Esse paralelo com a arte e com os objetos e pensamentos é igual ao que acontece com as pessoas: nós nos apaixonamos da mesma forma. Eu adoro tudo que vem da escola de Bauhaus — identifico-me com os objetos, os pensamentos e, assim, torno minha casa um lugar de referências autênticas em total empatia comigo. Dessa forma, sou cada vez mais feliz em chegar à minha casa e ver que tudo ali tem amor. Sou apaixonada pelo meu espaço!”