A primeira vez, a gente nunca esquece; a primeira casa nos causa essa impactante sensação. É aquele espaço só nosso, a liberdade e a sensação de acolhimento e proteção.
Entrar na “nossa” casa nos relaxa e, quando ela é de um homem, algumas sensações podem ser mais fortes. O universo masculino necessita de uma experiência natural com a liberdade.
Portanto, a casa do homem tem uma conexão profunda com esse desejo, e é sempre muito positivo e gratificante estar em uma atmosfera ligada a nós mesmos. Na primeira casa, procuramos que a espontaneidade interprete nossos desejos.
Existem algumas diferenças entre uma casa já vivida e uma casa usada pela primeira vez — e ela é vista na liberdade da interpretação. O mais importante para quem mora sozinho pela primeira vez é vivenciar o espaço de forma agradável e confortável e que ele jamais nos deixe com a sensação de solidão; afinal, sabemos que estar só não significa solidão.
Perguntamos ao empresário Miguel Haegler Abitbol, dono da empresa Davozzi, o que é o “morar sozinho”: “Em primeiro lugar, minha casa é prática, não tem nada de supérfluo, não uso almofada nem cortinas que dão trabalho. Tudo é feito de forma que eu não precise ter trabalho para arrumar e conservar. A cozinha tem valor porque eu adoro cozinhar e, uma vez por semana, faço um prato especial. Tudo na minha cozinha é extremamente claro, ventilado e funcional. Tenho um quarto onde deixo as coisas que não uso tanto, mas gosto de guardar, como, por exemplo, minhas camisas do Flamengo de várias épocas. Vejo muita TV, então é muito importante esse local estar sempre arrumado e confortável”.
E continua: “Minha casa é personalizada porque tem tudo de que gosto ao meu alcance. Adoro livros de carnaval e tudo sobre futebol. A liberdade de morar sozinho é maravilhosa apesar de só percebê-la quando minha namorada vem passar mais tempo comigo. No entanto, a solidão é bem diferente de ter sua individualidade. Mesmo morando definitivamente com alguém, sei que jamais posso perder esse contato com um espaço somente meu.”