A palavra empatia, ainda mais atualmente, tem muita força; dentro de casa, ela é primordial. Precisamos ter empatia no cotidiano, em nossos encontros, atividades etc. Quando somos expostos a esse sentimento, o bem-estar é imediato. Infelizmente, nem sempre estamos assim, portanto podemos buscar esse estado todos os dias, dentro da nossa casa. Para que isso aconteça, é fundamental saber das nossas preferências e o que nos causa empatia.
Pode ser uma cor, um objeto, enfim, tudo que nos incentive a um sentimento de conexão, como quase uma extensão do nosso olhar, e como se aquele objeto, ou mesmo um ambiente ou uma vista, sempre fizesse parte da nossa vida. Existem ambientes que nos provocam tanta empatia que parece termos vivido sempre ali.
Mais do que uma necessidade, temos esse direito de viver com empatia e, principalmente, abrigar-nos em um espaço assim. Um exemplo desse olhar é o caminho traçado por jovens que gostam de espaços, móveis e objetos antigos. Essa nova geração procura uma integração entre as memórias afetivas e a tecnologia, ou seja, a história repaginada
Perguntamos ao arquiteto André Danemberg, que viveu experiências em Hong Kong (China) e no Vietnã (Ásia) e, atualmente, mora em São Paulo e trabalha com o pai no Antiquário A.D., como é estar numa casa com “empatia”: “Vejo a casa como um lugar íntimo onde guardamos nossas memórias e mostramos quem somos. Fiz do meu apartamento um grande apanhado de minhas vivências. A mesa Parquet francesa comprada na Itália, os posters adquiridos na época que morei no Vietnã e discos de vinil garimpados em todas as partes onde estive. Não vejo a tecnologia como um contraste com a história, mas, sim, como um grande complemento, por exemplo, uma tomada ou um interruptor inteligente, ou, até mesmo, uma música no Spotify pela TV”.