Assisti a um vídeo do médico canadense Gabor Maté, em que levanta questões relacionadas ao que a sociedade capitalista muitas vezes deseja: a nossa desconexão com os seres divinos que somos, nossa alma e verdadeira essência para nos sentirmos cada vez mais solitários, desunificados, alienados, incapazes, carentes, infelizes e tristes e, o pior de tudo, reféns do consumo revestido de “felicidade” temporária.
Gabor cita Karl Marx e seus quatro tipos de alienação:
1. da natureza: interna e externa. Vivemos uma vida superficial, portanto nos alimentamos de mentiras: desde comida, a notícias e relaçōes. Tratamos nosso corpo como lixeira e tanto nos degeneramos quanto ao Planeta, cultivando a destruição, e não a regeneração;
2. alienação uns com os outros: relações vazias, ausência de honestidade; menos empatia e senso comum. Ao sermos seres sociais, o descaso com o próximo propicia um ambiente favorável a doenças mentais, emocionais e degenerativas. Contagem regressiva;
3. alienação no seu trabalho: a maioria das pessoas é obrigada a realizar atividades que desagradam; o desgosto é tamanho que se gasta mais do que se ganha para se obter satisfação meramente passageira;
4. alienação de nós mesmos, da nossa percepção e verdadeira essência e propósitos.
Em definitivo, esse processo começa na infância, quando começamos a ser doutrinados a não expressar as emoções.
Isso, sem falar na importância de exercer a criatividade que, muitas vezes, é massacrada pelo “sistema”.
O fato é que vivemos exaustos, infelizes e desestimulados. Não levamos a vida; ela é que nos leva – nós nos tornamos apáticos, deprimidos… É uma vida ilusória e vazia, na cultura do ter, e não do ser, para ter a aparente sensação de importância em direção à autoafirmação, para, dessa forma, passarmos à sociedade a falsa imagem de autoestima e felicidade.
“Que texto pessimista”, você deve estar pensando… Sim, pode ser, mas não definitivo. Está em suas mãos decidir ser sem ficar escravo do ter. Ou não?
Agora quero mais é me cuidar para mim mesma, vestir-me bela mas confortável, para poucos e bons, numa versão intimista e não exibicionista! Ser feliz comigo mesma e com os meus!
Também estou nos @karencoutooficial e @bbeeclean