Alguém tem ideia do que significa faltar azeite de dendê na Bahia? É o que há de mais sagrado para os baianos: dos terreiros de Candomblé à moqueca, não pode faltar. Como fazer sem o óleo que frita o acarajé e faz o caruru, o vatapá e a farofa? Anda sumido do mercado. Segundo o site Bahia Notícias, a cultura do dendê vive uma crise histórica. Na atual entressafra, os preços dispararam: o galão do azeite de 16 litros ficou 130% mais caro, saltando de R$ 65 em fevereiro para R$ 150 em agosto.
Perguntada, a chef Isis Rangel, dona do restaurante Sabores de Gabriela, dedicado às-comidas-dos-livros-de-Jorge-Amado, digamos assim, na Rua Maria Angélica, diz que a crise do dendê já chegou a outros estados: “O produto está sumido do mercado. Passei por essa crise na época que eu tinha o Siri Mole (em Copacabana, fechado em 2015). No Rio, já está custando quase três vezes mais, o preço está altíssimo. Comprava um balde grande de R$ 16 litros por R$ 80; o último já paguei R$ 200, mas acho que é crise passageira.”