Nesse fim de semana, a imprensa noticiou o patrocínio da OI para a peça “A megera domada”, com Bia Lula da Silva, neta do ex-presidente Lula, no elenco. Segundo as publicações, isso só foi possível porque o Ministério da Cultura, na gestão de Ana de Hollanda, ampliou por um ano o prazo para a produção conseguir patrocínio. A OI banca R$ 300 mil (via Lei Rouanet) dos R$ 639,4 mil previstos para o espetáculo, com estreia em novembro, no Rio.
O produtor Oddone Monteiro comenta: “Não sabia que era proibido dar oportunidades a familiares de Lula. A entrada da Bia me ajudou muito em relação ao interesse da mídia, mas atrapalhou com relação a patrocínio. Já fui patrocinado quatro vezes pela Eletrobras, por exemplo, outra grande apoiadora do teatro no Rio; e, por termos a Bia no elenco, ficamos impossibilitados desta vez. Imagina que, se em uma empresa privada é assim, o que diriam em uma estatal?”.
E completa: “A OI é uma das poucas empresas que incentivam a cultura no Brasil, sendo responsável por quase todos os patrocínios teatrais do Rio, independente da posição política de seus realizadores ou participantes. Já fui patrocinado quatro vezes pela empresa que acredita e confia em meu trabalho, o que já ajuda na análise de projetos. O espetáculo envolve pessoas de reconhecimento nacional na área, como Walcyr Carrasco, Renato Carrera, Glorinha Beuttenmuler“.