O principal assunto entre os artistas cariocas é um só: a exoneração do diretor da Escola de Artes Visuais (EAV) do Parque Lage, Fabio Szwarcwald, nesta quinta (20/11), em decisão publicada no Diário Oficial.
Desde o fim de outubro, ele estava suspenso para que fossem apuradas irregularidades, como a falta de licitação para renovação do contrato do bistrô do local; o pagamento de vale-transporte e tíquete-refeição a funcionários do estado que estavam com salários atrasados; e empréstimo a um funcionário, que também estava com salário atrasado. Que tal?
“Fui demitido por uma secretária do RH. Deixo o Parque Lage sem saber o que fiz de errado. Adoraria tomar conhecimento até pra melhorar em outro lugar e não repetir o erro. Sei receber críticas – é como a gente melhora”, diz Fábio. E completa: “Saio arrasado, com a sensação de não ter concluído o meu trabalho. Paguei pra trabalhar por três anos. Vendi parte da minha coleção para me bancar. Mas, antes de tudo, continuo torcendo pelo Parque Lage, que é o que me interessa”. Artista plástico, amigo da coluna, que não quer o nome publicado, comenta: “Quando o cara é correto, trabalha direito e tem visibilidade, os caras ficam loucos”, afirma.
A Secretaria de Cultura e Economia Criativa do estado do Rio (Secec) enviou uma nota dizendo que “não houve má-fé por parte do servidor”, e ainda informa que Ruan Lira, secretário de Estado e Cultura e Economia, decidiu pela exoneração por entender “que a relação de parceria e comunicação entre o servidor e a Secec tornou-se irremediável e sem sintonia, no momento em que a direção da EAV do Parque Lage é um cargo de confiança. Por ora, não há necessidade de nomeação de um novo diretor. As atividades serão mantidas”.