“Nunca vi tantas pessoas inspiradas por um homenageado”, dizia o vereador Paulo Messina, que indicou Cláudia Romano, vice-presidente de Relações Institucionais e Sustentabilidade e vice-reitora de Cultura da Estácio, para a Medalha Pedro Ernesto, recebida nessa quarta (23/10), na Câmara Municipal do Rio, no Centro. “Escolhi entrar para política para trabalhar na educação. E fiz a minha licenciatura (de Matemática) na Estácio. E se essa instituição cada vez mais avança, é graças ao seu exemplo, à sua inspiração”, completou Messina.
Mesmo com a cidade respirando futebol e os torcedores exaltados com o jogo Flamengo X Grêmio, o plenário estava lotado — e de muitos ex-atletas, como Flávio Canto, presidente do Instituto Reação; José Neto, técnico de basquete da Seleção brasileira; e Fernanda Keller, triatleta e campeã do ironman Brasil; além de artistas de perfis variados: de Malu Mader a Isabelita dos Patins, sem fantasia, com o carão bem à vista; empresários, muitos amigos, colegas de trabalho e os filhos, Rodrigo e Daniel Lorio. Antes, no telão, falaram inúmeros amigos: do general Augusto Heleno ao ator Marcos Palmeira.
Cláudia criou o programa “Educar para Transformar”, que atua no esporte, cultura, cidadania, escola e inovação e empreendedorismo. Recentemente, assumiu a área de Carreiras, para aproximar ainda mais os alunos do mercado de trabalho e estreitar a relação com empresas parceiras.
Foi difícil formular um discurso, já que todos deram um tom bem pessoal e a “cola” não existia, só o afeto. “Falar sobre a Cláudia é sempre uma emoção. Ela é brilhante, tem um coração enorme, e é de verdade”, disse Eduardo Parente, presidente da Estácio, antes de o empresário Luiz Calainho falar: “O Brasil precisa de você na política”, e alguém da plateia murmurar: “Cruz credo, isso não”!
Talvez Flávio Canto tenha sugerido na sua fala o que muitos ali gostariam: “Claudinha, você é….” Parou, pensou e perguntou: “Posso falar aquela palavra aqui?”, se referindo à Câmara Municipal, e na plateia veio um suave couro: “Pode!’, mas ele sorriu e não completou: “Claudinha você é foda!”. Outro momento foi o de Malu Mader ao ver o decote nas costas magérrimas da amiga, naquele corpinho sem uma celulite: “Ah, isso é humilhação!”
Mas foram os discursos dos filhos, Rodrigo e Daniel, que emocionaram ainda mais. “Não sabia da grandiosidade da Claudinha. Você é o amor da minha vida. E, se hoje um dos meus objetivos da vida é transformar por meio do esporte, cultura e educação, com certeza é por sua causa”, disse Daniel. O irmão aproveitou e declamou o poema “Como Dizia o Poeta”, de Vinícius de Moraes, e ainda cantou “Ela é Carioca”, de Vinícius e Toquinho, levando a mãe e boa parte da plateia a chorar. Por fim, foram eles que colocaram a medalha na nova comendadora, cujo próximo passo foi subir ao andar de cima para a festa, com o sax de Leo Gandelman.