Tarefas do lar eram exclusivamente femininas. Nos anos 50, o título foi levado à perfeição máxima, motivo de inúmeras ações de marketing à época, nas propagandas de eletrodomésticos. A(O) dona(o) de casa foi a(o) responsável por uma grande mudança no comportamento social. Além de eleger um estilo de vida, ela(e) lançou, testou, aprovou e desaprovou vários produtos no mercado.
Quando estudar, construir uma carreira, trabalhar e realizar sonhos deixaram de ser um privilégio masculino, as coisas ficaram bem diferentes. A cooperação em casa passou a ser conjunta, o que mudou a hierarquia familiar. Hoje, os excelentes donos de casa, além de tudo, podem ser grandes executivos, pessoas realizadas no trabalho e muito ocupadas.
Conheço incríveis donos de casa, mas três em especial se dedicam a essa tarefa com perfeita leveza e dedicação. Todos trabalham, viajam, têm vida muito agitada e, no mínimo, duas casa para tomar conta.
Confira abaixo o que é para eles ser um bom dono de casa.
Angela Gouvêa Vieira escreve livros dando dicas sobre cidades, tem um site que funciona como uma agenda, superacessado, e uma grande família. Ela tem duas casas: uma no Rio; outra, na Região Serrana, todas organizadas e prontas para receber amigos e a família a qualquer momento.
“Ser uma boa dona de casa significa ser feliz e estar realizado com seu ninho. Não importa o tamanho, o luxo do lugar, mas fazer dele a continuação de você. É amar voltar pra casa! É ser o lugar ideal para as pessoas que você ama, família e amigos. Ser uma boa dona de casa é ser feliz em servir e em doar. Eu sempre amei o lugar em que estou. Não quero nada além, só fazer a minha alegria e a minha paz. Ser dona de casa passa longe do luxo e da moda — passa só pelo coração!”.
Lucinha Araújo dispensa apresentações, mas poucos sabem como ela é uma excelente dona de casa. Dedicada e perfeccionista, Lucinha ama receber, e sua casa está sempre cheia. Chegou a ter três casas ao mesmo tempo, sem contar com a do filho, Cazuza (1958-1990), que sempre lhe pedia ajuda quando queria uma casa impecável como a da mãe.
“Uma boa dona de casa, antes de tudo, tem que ter a capacidade da administração e organização, além de ser adivinha, para saber as necessidades de cada familiar e amigo. Dá muiiiiiito trabalho, mas tudo deve ser feito sem que esse trabalho seja percebido. Busco a perfeição nos mínimos detalhes, adoro perceber a alegria e o bem-estar de todos à minha volta”.
Robert Campbell foi diretor internacional de uma grande empresa de comunicação. Hoje se dedica ao mercado imobiliário, trabalha muito e toma conta de duas casas: uma no Rio, outra em Lisboa, com prazer e dedicação.
“Ser um bom dono de casa pode ir muito além do óbvio da decoração cara ou bacana — tem a organização, limpeza e cuidado com os detalhes. É enfrentar com bravura, humor, e até ter prazer na bagunça do filho adolescente e sua turma no fim de semana. Ser um bom dono de casa é ser e ter uma casa feliz”.